| Resumo |
A participação no PIBID-UFV proporcionou vivência enriquecedora sobre práticas pedagógicas na Educação Infantil. No Subprojeto “Dança/Educação Infantil”, foram desenvolvidos, pelas estudantes da Educação Infantil, 2 projetos com turmas de 1 a 2 anos e de 4 a 5 anos, sob o eixo temático: “Arte, corpo e movimento”. Com as crianças de 1 a 2 anos, o foco principal foi compreender o desenvolvimento infantil a partir de práticas que respeitassem suas necessidades e interesses. Na primeira infância, é essencial priorizar o acolhimento, o afeto e a ludicidade, valorizando os estímulos sensoriais e o desenvolvimento emocional. As experiências propostas foram elaboradas com o intuito de estimular os sentidos, favorecer o movimento espontâneo e fortalecer vínculos afetivos. As ações respeitaram o ritmo de cada criança, priorizando uma abordagem sensível e responsiva. O ambiente foi planejado de forma promover um espaço acolhedor que valorizasse a livre expressão corporal e a escuta ativa. Esse cuidado contribuiu para o fortalecimento da confiança, possibilitando interações mais significativas e reconhecimento do corpo como meio de comunicação e descoberta. Com a turma de 4 a 5 anos, o trabalho evoluiu para práticas mais complexas, envolvendo movimento, dança, artes visuais e brincadeiras simbólicas. O objetivo foi explorar o corpo como forma de linguagem, integrando a arte ao cotidiano escolar por meio de propostas que exigem maior domínio corporal e atenção. Diferentemente do trabalho realizado com os bebês, foi possível planejar vivências que combinassem brincar, movimento e arte, respeitando o direito de explorar, criar e conviver. As ações buscaram equilibrar liberdade criativa e construção de regras, fortalecendo autonomia, trabalho em grupo e expressão de ideias. A metodologia incluiu a observação das rotinas e interesses da turma. Entre as práticas realizadas, destacam-se os percursos motores, colagens com elementos naturais, pinturas com tinta de terra e espuma, jogos de memória, alongamentos, circuitos de sopro, brincadeira do espelho, imitações de máquinas, dinâmicas com balões e ressignificação de objetos. Os resultados revelaram curiosidade, disposição para experimentar, habilidade para seguir instruções e atuação colaborativa. Foi necessário mediar conflitos para garantir a participação de todos. Conclui-se que e possível expandir as práticas com dança, teatro e outras linguagens artísticas para além dos estímulos básicos, incorporando brincadeiras diversas, coletivas e técnicas corporais de forma divertida e respeitosa. Por outro lado, com bebês, é fundamental que as propostas priorizem estímulos sensoriais, exploração livre e construção de vínculos, em um ambiente seguro e acolhedor, favorecendo o movimento espontâneo e o brincar. Essa experiência revelou que cada faixa etária demanda escuta atenta, sensível e intencionalidade pedagógica, sendo o corpo o ponto de partida para o cuidado e a aprendizagem em todas as etapas da Educação Infantil. |