Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 22051

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Lívia Moreira Silva
Orientador BRUNO DAVID HENRIQUES
Outros membros CAMILA MENDES DOS PASSOS, Gabrielly Vaillant Quintão
Título Prevalências das doenças crônicas não transmissíveis na população brasileira segundo sexo e raça/cor - Vigitel 2011 a 2019
Resumo Introdução: As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são as principais causas de morte e incapacidade no mundo, afetando desproporcionalmente países de baixa e média renda. No Brasil, a prevalência dessas doenças é mais elevada entre mulheres, pessoas negras, com baixa escolaridade e menor acesso aos serviços de saúde. A transição epidemiológica contribuiu para esse cenário, com mudanças demográficas, nutricionais e socioeconômicas, resultando na predominância das DCNT entre os óbitos globais e nacionais. Diante disso, a ONU e o Ministério da Saúde estabeleceram metas para reduzir a mortalidade prematura por DCNT até 2030, por meio de ações de prevenção e promoção da saúde. Objetivo: Descrever as prevalências das principais DCNT (hipertensão arterial, diabetes e obesidade) autorreferidas, e suas respectivas tendências, na população adulta nas capitais brasileiras, no período de 2011 a 2019, segundo sexo e raça/cor. Metodologia: Estudo de série temporal, de base populacional e abordagem quantitativa, utilizando dados coletados pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL), entre os anos de 2011 a 2019 de adultos residentes nas capitais brasileiras. Modelos de regressão linear foram utilizados para analisar a magnitude e a significância (p-valor < 0,05) das variações temporais no período estudado. As prevalências de DCNT foram os desfechos e os anos, as variáveis explicativas. O projeto Vigitel foi aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa para Seres Humanos (Conep) do Ministério da Saúde. Resultados: Entre 2011 e 2019, a obesidade apresentou tendência crescente e estatisticamente significativa entre adultos nas capitais brasileiras, com incremento anual médio de 0,43 pontos percentuais (pp) entre homens (p = 0,001), 0,46 pp entre mulheres (p = 0,002) e 0,60 pp entre pessoas negras (p = 0,003). As prevalências médias foram de 17,9% (IC95%: 17,51–18,30) nos homens, 18,2% (IC95%: 17,91–18,57) nas mulheres e 18,6% (IC95%: 18,30–18,96) entre indivíduos negros. Já quanto a hipertensão arterial e diabetes, não houve mudanças estatisticamente significativas, com prevalência média de 22% (IC95%: 21,6-22,4) em homens, 25,9% (IC95%: 25,5-26,2) em mulheres e 24% para brancos (IC95%: 23,6-24,4) e negros (IC95%: 23,7-24,4) para a primeira e 7,0% (IC95%: 6,7-7,2) em homens, 7,7% (IC95%: 7,5-7,9) em mulheres e 7,1% para negros (IC95%: 6,9-7,3), para a segunda. Conclusões: Conclui-se que entre os anos de 2011 e 2019 houve aumento significativo da obesidade na população adulta brasileira, principalmente entre as mulheres negras. A hipertensão arterial manteve-se estável durante o período e o diabetes não demonstrou significância estatística. Esses achados reforçam a necessidade de políticas públicas intersetoriais com foco na promoção da saúde e na redução das desigualdades sociais e raciais associadas às DCNT.
Palavras-chave Doenças crônicas não transmissíveis, Saúde pública, Inquérito em saúde
Forma de apresentação..... Vídeo
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