Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 22032

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Econômicas: ODS9
Setor Departamento de Biologia Vegetal
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Louise Alves Salvato
Orientador WAGNER CAMPOS OTONI
Outros membros Andréa Dias Koehler, Claudinei da Silva Souza, Hugo Humberto de Araújo, Karolina Carvalho Nascimento
Título Extração de RNA em Cochlospermum regium (Schrank) Pilg. (Bixaceae): superando a recalcitrância da espécie
Resumo A espécie Cochlospermum regium, popularmente conhecida como “algodãozinho-do-cerrado”, é uma planta nativa reconhecida por suas propriedades medicinais. No entanto, trata-se de uma espécie ainda pouco estudada pela comunidade científica e seu elevado teor de polissacarídeos, taninos e polifenóis representa um desafio para a extração de RNA total. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo desenvolver um protocolo de extração de RNA adaptado para essa espécie. Para tal, foram coletadas amostras de raízes, caules e folhas de plantas cultivadas in vitro com, aproximadamente, dois meses de idade. Os tecidos foram macerados em nitrogênio líquido, utilizando-se cadinhos e pistilos. Foram testadas duas metodologias: I) baseada em Rodrigues et al. (2007) com adaptações e II) utilizando o kit RNAqueousTM (Thermo Fisher). Na metodologia I, as amostras (~100 mg) foram transferidas para microtubos de 1,5 mL e homogeneizadas em 1 mL de solução contendo ácido bórico, ácido etilenodiaminotetracético (EDTA), dodecil sulfato de sódio (SDS) e β-mercaptoetanol. Em seguida, foram centrifugadas a 15.000 × g por 10 min. O sobrenadante foi transferido para novo microtubo e tratado com solução de fenol:clorofórmio:álcool isoamílico(25:24:1) em proporção 1:1, seguida de nova centrifugação. Para remoção dos polissacarídeos, o sobrenadante foi transferido para outro microtubo e adicionado uma solução contendo brometo de cetiltrimetilamônio (CTAB) e cloreto de sódio. As amostras foram incubadas a 65 °C por 10 min. A fase aquosa foi separada por centrifugação e tratada com clorofórmio:álcool isoamílico (24:1) na proporção 1:1, seguida de centrifugação a 15.000 × g, a 4 °C, por 10 min. O RNA foi precipitado pela adição de acetato de sódio 1/10 volumes e isopropanol na proporção 1:1. Após a centrifugação o sobrenadante foi descartado, e os pellets obtidos lavados com etanol 70% sob centrifugação por 10 min, sendo então ressuspensos em 30 μL de água DEPC. A metodologia II foi realizada conforme instruções do fabricante. Os RNAs obtidos foram tratados com DNAse I a 37 o C por 30 min. A integridade dos RNAs foi avaliada por eletroforese em gel de agarose 1,5%. A pureza e a concentração foram determinadas por espectrofotometria em Nanodrop, utilizando as razões de absorbância A260/A280 e A260/A230. A metodologia I foi adequada para extração de RNA de folhas, ao passo que a metodologia II adequou-se para caules e raízes. Em ambos os protocolos obteve-se RNA com concentração e qualidade adequadas para uso em análises moleculares. Reações de transcrição reversa foram realizadas para obtenção de cDNAs, utilizados para amplificação de genes endógenos normalizadores com primers heterólogos para os genes 18S, RLP38, RPS9, Actina, 40S3 e GAPDH. Os primers 18S, RPL38 e GAPDH permitiram a amplificação de fragmentos de tamanhos esperados. Vislumbra-se a aplicação dessas metodologias em futuras análises de expressão de genes associados à biossíntese de bixina.
Palavras-chave Algodãozinho-do-cerrado, análises moleculares, planta medicinal
Forma de apresentação..... Painel
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