Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 22021

ISSN 2237-9045
Instituição Colégio Angulo de Viçosa
Nível Ensino médio
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Ambientais: ODS12
Setor Departamento de Química
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor ELIS LENTINI CÂNDIDO DE SOUZA
Orientador Paulo Henrique de Carvalho
Outros membros MATHEUS HENRIQUE ALVES FREITAS, SOPHIA AGUILAR OTAVIANO
Título Produção de Bioplástico a partir de Casca de Banana: Uma Alternativa Sustentável ao Plástico Convencional
Resumo O plástico convencional, amplamente utilizado na sociedade contemporânea, é produzido a partir do petróleo — recurso não renovável e altamente poluente. Os processos de extração, refino e queima do petróleo liberam grandes quantidades de gases de efeito estufa, contribuindo significativamente para as mudanças climáticas. Apesar de oferecer baixo custo, elevada versatilidade e grande durabilidade, essas características também favorecem o acúmulo de resíduos no ambiente. Com o tempo, o plástico se fragmenta em microplásticos, partículas minúsculas que se espalham em diversos ecossistemas, provocando poluição generalizada, bioacumulação em organismos e contaminação da água, afetando diretamente a saúde humana e o equilíbrio ambiental. Esse panorama contraria os princípios estabelecidos pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas, em especial os ODS 3 (Saúde e Bem-Estar), 6 (Água Potável e Saneamento), 12 (Consumo e Produção Responsáveis), 14 (Vida na Água) e 15 (Vida Terrestre). Nesse contexto, esta pesquisa tem como objetivo principal promover a conscientização sobre os impactos socioambientais do plástico petroquímico e investigar a viabilidade do uso de bioplásticos como alternativa sustentável. A proposta incluiu o desenvolvimento de um bioplástico a partir de cascas de banana, promovendo o reaproveitamento de resíduos orgânicos frequentemente descartados. Com isso, buscou-se estimular a reflexão sobre o consumo e o descarte de materiais no cotidiano. A metodologia adotada baseou-se em Moraes et al (2020), e foi dividida em duas etapas. Inicialmente, realizou-se uma pesquisa bibliográfica sobre as propriedades físico-químicas, disponibilidade e viabilidade econômica dos insumos utilizados na formulação do biopolímero: amido de milho, glicerol e fibra da casca de banana. Posteriormente, foram conduzidas práticas laboratoriais com base na técnica de casting, que envolve a solubilização do amido, a formação de um gel homogêneo e sua moldagem em um filme polimérico. O bioplástico obtido apresenta vantagens como maior biodegradabilidade e menor toxicidade, uma vez que seus constituintes orgânicos são degradados por micro-organismos, reduzindo o tempo de permanência no ambiente. No entanto, também foram identificadas limitações importantes, como a baixa resistência mecânica em determinadas condições e dificuldades logísticas relacionadas à obtenção da matéria-prima, dado o pouco incentivo ao descarte seletivo no contexto social atual. Conclui-se que os bioplásticos representam uma alternativa viável e promissora para a redução do uso de plásticos petroquímicos e seus impactos associados. Ainda que não se configurem como solução integral, contribuem significativamente para a construção de práticas sustentáveis e para o cumprimento de diversos ODS. O polímero produzido mostrou-se adequado para aplicações específicas, reafirmando a importância da inovação científica aliada ao compromisso ambiental.
Palavras-chave Bioplástico, Sustentabilidade, Casca de Banana.
Forma de apresentação..... Painel
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