Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 22020

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Daniel Vieira Rodrigues
Orientador MICHELLE DIAS DE OLIVEIRA TEIXEIRA
Outros membros Bianca Muniz Lacerda Ventura, LEANDRO LICURSI DE OLIVEIRA, PATRICIA FONTES PINHEIRO, RAPHAEL DE SOUZA VASCONCELLOS
Título Avaliação do potencial antiviral de extratos etanólicos de diferentes cultivares de lúpulo (Humulus lupulus) contra o vírus Mayaro
Resumo Introdução: O vírus Mayaro (MAYV), um arbovírus endêmico na América do Sul, é o agente etiológico da Febre de Mayaro, doença febril aguda com dores articulares intensas e frequentemente incapacitantes que podem persistir por meses. Transmitido por mosquitos silvestres, o MAYV possui alarmante potencial de adaptação ao vetor urbano Aedes aegypti, representando um risco iminente de disseminação em grandes cidades e sobrecarga dos sistemas de saúde. Diante da ausência de terapias específicas, a prospecção de produtos naturais com atividade antiviral é uma estratégia essencial. Nesse cenário, o lúpulo (Humulus lupulus) destaca-se como fonte vegetal rica em fitoquímicos com bioatividade comprovada. Seus principais compostos, como o xanthohumol e os alfa- e beta-ácidos, já demonstraram notável espectro de ação em outros estudos, com atividade relatada contra importantes vírus de RNA e DNA, incluindo patógenos respiratórios como Influenza e o Vírus Sincicial Respiratório (RSV), diferentes membros da família Herpesviridae e, de forma relevante, outros arbovírus como o Chikungunya. A concentração dessas moléculas, contudo, varia drasticamente entre as cultivares de lúpulo, influenciando seu potencial terapêutico. Portanto, investigar a eficácia de extratos de diferentes cultivares contra o MAYV representa uma lacuna crítica. Objetivo: Este trabalho objetivou avaliar a citotoxicidade e a atividade antiviral de extratos etanólicos de quatro cultivares — Cascade, Comet, Magnum e Zeus — contra o MAYV. Metodologia e Resultados: A citotoxicidade dos extratos em células Vero foi determinada pelo ensaio de redução de resazurina, revelando perfis distintos. A Concentração Citotóxica 50% (CC50), estimada por regressão não linear pelo software GraphPad Prism, demonstrou a seguinte ordem de toxicidade crescente: Cascade (CC50=0,7617% v/v), Comet (CC50=0,5102%v/v), Magnum (CC50=0,2737%v/v) e Zeus (CC50=0,1287% v/v). Para avaliação da atividade antiviral, os extratos foram pré-incubados por 1h com 104 PFU/poço de MAYV, seguida de incubação por mais 1h com as células (MOI = 1). Após 48h, a análise microscópica revelou que, na concentração de CC50, os extratos de Magnum e Zeus foram capazes de reduzir os efeitos citopáticos causados pelo vírus, quando comparados com as células infectadas e sem tratamento. De forma ainda mais expressiva, na concentração de CC80, todos os quatro extratos foram capazes de preservar a monocamada celular. Conclusão: Os resultados promissores, em especial com Magnum e Zeus, motivam a continuidade do estudo. As perspectivas futuras incluem a determinação da potência (CE50) e seletividade (IS) antiviral, seguida por estudos fitoquímicos para o isolamento dos compostos ativos. Além disso, simulações de docking molecular serão empregadas para investigar as interações com alvos celulares e virais e o mecanismo de ação será investigado através de estudos in silico e in vitro.
Palavras-chave Vírus Mayaro, Atividade Antiviral, Humulus Lupulus
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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