Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 22000

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Dimensões Econômicas: ODS9
Setor Departamento de Economia Rural
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Maria Luisa Souza Ricardo
Orientador AZIZ GALVAO DA SILVA JUNIOR
Outros membros Alexandre Lima Oliveira, Antônio Consentino Teixeira Oliveira, Luan Machado Oliveira, Milena Elissa Lourenço de Farias
Título Mensuração da conectividade digital nas áreas produtoras de café no brasil: uma análise geoespacial com base no indicador de conectividade rural da ConectarAgro
Resumo A conectividade tem se mostrado um fator crucial para o desenvolvimento da cafeicultura brasileira, um setor de destaque internacional. Este estudo fruto do convênio entre a equipe AgroPlus da Universidade Federal de Viçosa e a Rede ConectarAGRO, apresenta um mapeamento da conectividade nas lavouras de café no Brasil, avaliando o acesso a redes 4G e 5G em todo o território nacional. A pesquisa utilizou dados de bases públicas como o MapBiomas (mapeamento das áreas de café), Anatel (cobertura móvel), IBGE (delimitação de municípios e estados), PAM (dados de produtividade agrícola) e SICAR (limites das propriedades rurais). A metodologia de geoprocessamento envolveu a identificação e vetorização das áreas cafeeiras a partir de imagens de satélite do MapBiomas (Coleção 9). Essas áreas foram então processadas em softwares de Sistema de Informação Geográfica (SIG), como o QGIS. Dados de cobertura móvel 4G e 5G da Anatel foram integrados, e a análise de sobreposição espacial foi realizada pela intersecção das camadas vetoriais das áreas de café e da cobertura móvel, identificando áreas com conectividade. O percentual da área de café conectada em relação à área total de café por município foi calculado. Os resultados revelam que, da área total de 1.270 milhões de hectares destinada à cultura do café no Brasil, 876.653 hectares (69,0%) possuem conexão móvel 4G ou 5G. No entanto, existem disparidades significativas entre os estados. Minas Gerais, o maior produtor, tem 67,8% de conectividade, Espírito Santo (79,5%), Paraná (81,8%) e São Paulo (76,3%) apresentam índices mais elevados. A Bahia (40,7%) e Goiás (10,5%) mostram os menores percentuais de conexão. Essa disparidade está relacionada a fatores como topografia, tamanho das propriedades e investimentos em infraestrutura. A importância da internet em áreas cafeeiras é fundamental para a agricultura 4.0, otimizando a gestão da lavoura, irrigação de precisão, monitoramento climático e controle fitossanitário. Municípios com maior acesso à conectividade, como Monte Carmelo (MG) com 81,9% de conexão e 42 sc/ha de produtividade, e Sooretama (ES) com 100% de conectividade e 45 sc/ha, mostram desempenho produtivo superior. Por outro lado, municípios com baixa conectividade, como São Desidério (BA) com apenas 9,7% de cobertura em uma área altamente mecanizada, e Serra do Salitre (MG) com 23% de conectividade sugerem que a falta de infraestrutura digital pode ser um entrave para a adoção de boas práticas e tecnologias modernas. A conectividade também é vital para atender a regulamentações internacionais, como o regulamento da União Europeia para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR), que exige comprovações de origem sustentável. Os resultados reforçam a urgência de investimentos em infraestrutura digital e políticas públicas para ampliar a conectividade rural, visando maior eficiência, rastreabilidade, sustentabilidade e competitividade da cafeicultura brasileira no cenário global.
Palavras-chave Conectividade rural, Café, Agricultura Digital.
Forma de apresentação..... Painel
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