| Resumo |
Introdução: as Unidades de Terapia Intensiva destinam-se aos cuidados de pacientes críticos, os quais requerem assistência e monitorização contínuas. Em virtude da gravidade de seu estado clínico, o paciente em terapia intensiva possui limitações para o desempenho das atividades de higiene corporal, tornando-se dependente dos cuidados da equipe de Enfermagem. O banho no leito é a forma de higienização corporal que possibilita um menor ou nenhum esforço desse paciente, sendo capaz de otimizar a circulação sanguínea e promover alívio do desconforto, relaxamento muscular e melhora da autoimagem. Objetivos: descrever os aspectos operacionais da intervenção de enfermagem de banho no leito realizada com pacientes críticos. Método: estudo descritivo realizado em uma Unidade de Terapia Intensiva entre os meses de dezembro de 2023 a junho de 2025. Foram acompanhadas 751 intervenções de banho no leito, realizadas pelos profissionais de enfermagem do setor. Os pesquisadores registraram as características operacionais como: número de profissionais envolvidos, tempo de realização dos banhos, realização da higiene do couro cabeludo e da cavidade bucal. Realizou-se a estatística descritiva. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da instituição proponente (parecer nº 6.419.830) e recebeu apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Processo 404684/2023-8) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (APQ-01568-22). Resultados: durante o período avaliado foram realizados 751 banhos no leito. Em 715 (95,2%) banhos estiveram presentes dois profissionais, em 29 (3,2%) banhos participaram três ou mais profissionais e em 07 (0,9%) banhos apenas um profissional esteve presente. Dentre o perfil de formação dos envolvidos na intervenção houve predomínio de técnicos de enfermagem, sendo que 651(86,7%) banhos foram realizados apenas por técnicos de enfermagem. O tempo médio de execução do banho no leito foi de 15 minutos e 19 segundos (±4 minutos e 21 segundos). A higiene da cavidade bucal foi realizada em 75 (10,0%) banhos e a higiene do couro cabeludo ocorreu em apenas em 12 (1,6%) banhos. Conclusões: para os pacientes críticos desse estudo, a intervenção de enfermagem de banho no leito foi predominantemente executada por técnicos de enfermagem, em duplas. Ressalta-se que durante a sua realização, poucos foram os pacientes que também receberam a higiene do couro cabeludo e da cavidade bucal. |