| Outros membros |
Amanda Lorena Braga, Joao Victor Mesquita Mota, Jully Javarini Kopke, Matheus Teixeira Borges Pereira, Ramiro Antonio Martini Dreyer, Sthefany Miyuki Hasegawa Higa, Vívian Alves Piuzana Barbosa , Yuri Elias Teixeira Oliveira |
| Resumo |
A Artrite Encefalite Caprina (CAE) é uma doença viral de evolução crônica, causada pelo Lentivírus capartenc, que diminui a produção leiteira nos rebanhos, aumenta a mortalidade das crias e a predisposição para a ocorrência de infecções bacterianas, como a Linfadenite Caseosa (LC), devido à queda da imunidade. O vírus afeta principalmente as glândulas mamárias, pulmões e articulações, causando artrite, mastite e pneumonia crônicas, emagrecimento progressivo, leucoencefalomielite, edema e rigidez mamária. As vias de transmissão envolvem a ingestão de leite e/ ou colostro, o contato direto com material orgânico, fezes, saliva, urina, sêmen, secreção vaginal e respiratória, além de compartilhamento de agulhas e instrumentos cirúrgicos contaminados. Não há tratamento específico e a terapia de suporte não elimina a condição de portadores, sendo essencial adotar medidas profiláticas. Antes da introdução de novos animais no rebanho, deve ser realizada quarentena, avaliação clínica e realização de testes sorológicos para identificação de animais positivos. Indica-se, ainda, não adquirir animais de áreas endêmicas e realizar o abate sanitário caso o rebanho apresente taxa de infecção superior à 10%. A Linfadenite Caseosa (LC) é uma doença crônica, causada pela bactéria Corynebacterium pseudotuberculosis, formadora de abscessos em linfonodos superficiais ou em vísceras. O controle dos casos inclui o descarte de animais positivos, inspeções periódicas, incineração do material caseoso e a vacinação de animais jovens e saudáveis. O objetivo deste trabalho é relatar o caso de uma cabra de 4 anos de idade que se encontrava em decúbito esternal há 2 dias com dificuldade de locomoção devido à um aumento de volume na articulação do carpo (osteoartrite), a fim de alertar produtores da importância da implementação de medidas profiláticas às doenças Artrite Encefalite Caprina e LC. Ao exame físico, o animal apresentou taquicardia, taquipneia, dispneia, febre e apatia, além de múltiplos abscessos no úbere e nos linfonodos submandibulares. O hemograma e bioquímico evidenciaram leucocitose severa com desvio à esquerda e alterações hepáticas. Durante sua internação foi realizada antibioticoterapia parenteral e intramamária, drenagem dos abscessos e glicerina iodada tópica no úbere e tetos. Exames laboratoriais confirmaram a CAE, Linfadenite Caseosa e Micoplasmose. Após sete dias o animal não obteve nenhuma melhora clínica e foi recomendado o descarte definitivo. É possível manter animais infectados no rebanho desde que estejam produtivos e sem sinais clínicos, além de do leite ser pasteurizados antes de fornecer aos cabritinhos lactentes, entretanto o descarte é a melhor indicação uma vez que essa doença põe em risco o restante do rebanho e se tratar de uma doença infecciosa sem cura. |