Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21983

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Maria Luiza Cacemiro Gomes
Orientador CAMILA MENDES DOS PASSOS
Título Relação entre o consumo abusivo de álcool, o tabagismo e a depressão em mulheres brasileiras adultas
Resumo Objetivo: Testar a associação entre diagnóstico autorreferido de depressão, o consumo abusivo de álcool e o tabagismo entre mulheres brasileiras com 15 anos ou mais. Método: Trata-se de um estudo transversal, analítico e abordagem quantitativa. Foram utilizados dados de mulheres com 15 anos ou mais da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, representativos nacionalmente. Para este estudo, estimou-se a prevalência de depressão autorreferida, o consumo abusivo de álcool (4 doses ou mais na mesma ocasião) e o hábito de fumar (diariamente ou menos). A relação entre eles foi testada utilizando-se o modelo de regressão logística uni e multivariado e, como medida de associação, o odds ratio (OR), considerando o intervalo de confiança de 95% (IC95%). A PNS foi aprovada pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa sob nº 3.529.376 em agosto de 2019. Resultados: A prevalência de depressão autorreferida foi de 12,8% entre mulheres que relataram consumo abusivo de álcool e 14,8% entre aquelas que não relataram. No entanto, não houve associação entre o uso abusivo de álcool e o diagnóstico autorreferido de depressão em mulheres brasileiras (OR: 0,84; IC95%: 0,70-1.02). Esse resultado foi confirmado mesmo após considerar o modelo ajustado por características sociodemográficas. Em relação ao hábito de fumar, a prevalência de depressão autorreferida foi de 20,3% entre as mulheres tabagistas e de 13,7% entre as não tabagistas. Ademais, mulheres brasileiras tabagistas apresentaram maiores chances de receberem o diagnóstico de depressão (OR: 1,61; IC95%:1,40 - 1,85) do que as mulheres não tabagistas, mesmo após análises ajustadas pelas características sociodemográficas. Conclusões: Conclui-se que não houve associação estatisticamente significativa entre o consumo abusivo de álcool e a depressão autorreferida entre mulheres brasileiras, ainda que ajustada por estratos sociodemográficos. Portanto, sugere-se que o consumo abusivo de álcool, de maneira isolada, pode não ser um fator preditor à depressão neste público. Nesse sentido, recomenda-se que pesquisas futuras considerem a associação de outros fatores como estratégia de promoção da saúde mental da população feminina brasileira. Por outro lado, a prevalência de depressão autorreferida foi maior entre mulheres fumantes do que entre as não fumantes. Além disso, observou-se uma associação positiva entre o tabagismo e o aumento da probabilidade de diagnóstico de depressão em mulheres, independentemente da avaliação dos estratos sociodemográficos. Tais achados reforçam a relevância do consumo do tabaco como um fator prejudicial à saúde mental da população feminina brasileira.
Palavras-chave Doença Induzida por Estilo de Vida, Depressão, Saúde Pública
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
Gerado em 0,68 segundos.