Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21975

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Dimensões Ambientais: ODS13
Setor Departamento de Solos
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Rebeca Lorena Costa Ferreira
Orientador EMANUELLE MERCES BARROS SOARES
Outros membros EDSON MARCIO MATTIELLO, GUSTAVO FRANCO DE CASTRO, RAFAEL DA SILVA TEIXEIRA, Ricardo Oliveira Rosa
Título Emissões de N2O na cafeicultura terraceada de montanha nas Matas de Minas: uso de adubação nitrogenada mineral e plantas de cobertura
Resumo A cafeicultura representa importante papel na economia mineira e nacional, com muitas das áreas de cultivo em regiões de montanha. Por sua vez, essas regiões impõem grandes desafios a mecanização e a conservação do solo. Diante do cenário global de mudanças climáticas, a agricultura de montanha apresenta os desafios de manter/elevar a produtividade, ser sustentável e mitigar as emissões de gases do efeito estufa (GEE). Assim, a adoção de práticas mecânicas (ex: confecção de terraços) e vegetativas (uso de plantas de cobertura) na agricultura de montanha apresenta grande potencial em reduzir as emissões de GEE. No entanto, a adubação nitrogenada ainda representa o principal agente emissor de N2O, o qual possui um elevado potencial de aquecimento da atmosfera. Apesar disso, ainda são escassos os estudos que quantificam as emissões de N2O a curto prazo após a adubação nitrogenada em cafeicultura terraceada com plantas de cobertura. O objetivo do estudo foi avaliar os fluxos de N2O pós adubação nitrogenada em cafezais terraceados com diferentes plantas de cobertura nas entrelinhas. O experimento foi conduzido na UEPE Solos (Unidade de Ensino, Pesquisa e Extensão do Departamento de Solos) da Universidade Federal de Viçosa, em delineamento de parcelas subdivididas com três repetições. As parcelas principais foram compostas por três tipos de cobertura: plantas espontâneas (E), braquiária (Brachiaria ruziziensis - B) e amendoim forrageiro (Arachis pintoi - AF). Em cada parcela, foram avaliadas duas subparcelas com doses de N-Ureia: 0 e 150 kg ha⁻¹. As emissões de N2O foram monitoradas exclusivamente na linha de plantio, em três períodos: 3, 10 e 15 dias após a adubação. Utilizaram-se câmaras estáticas de PVC (15 cm de diâmetro × 15 cm de altura), instaladas a 5 cm de profundidade. A coleta foi realizada com seringas em quatro tempos (0, 5, 10 e 20 min) e as amostras analisadas em cromatógrafo gasoso acoplado a espectrômetro de massas (GC-MS). Os cafezais com amendoimforrageiro, adubado com 150 kg ha⁻¹ de N apresentou os maiores fluxos de N2O aos 3, 10 e 15 dias pós adubação, com pico aos 3 dias e redução gradual nos períodos seguintes. Embora os fluxos de N2O tenham diminuído, esses cafezais mantiveram níveis elevados até os 15 dias. Na adubação com 150 kg ha⁻¹ de N exclusivamente, o Amendoim forrageiro apresentou emissões pelo menos 30 % superiores à Braquiária, e atingiu diferenças de até 246 % em relação a área com plantas espontâneas, dependendo do período avaliado. Por sua vez, cafezais, em geral sem adubação nitrogenada apresentaram emissões consideravelmente mais baixas e semelhantes entre si, sugerindo que o N mineral foi o principal impulsionador das perdas de N2O no sistema. Os resultados indicam que a interação entre N-Ureia e leguminosa de cobertura promove aumento expressivo nas emissões de N2O , com efeito acentuado nas primeiras 72 horas e ainda detectável após duas semanas.
Palavras-chave N2O na agricultura, plantas de cobertura, GEE
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
Gerado em 0,63 segundos.