Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21970

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Isabela Pimenta Guimaraes Menezes
Orientador LUCAS BORGES GOMES FERREIRA PINTO
Outros membros Amanda Correia Leite, Hanielly Magalhaes de Oliveira Costa
Título Perfil epidemiológico dos acidentes escorpiônicos em Minas Gerais em 2023 e 2024
Resumo Introdução: Os escorpiões são animais peçonhentos que possuem estruturas inoculadoras para injetar toxinas, visando defesa ou caça. Eles estão distribuídos, sobretudo, em regiões tropicais e subtropicais, sendo responsáveis por causar acidentes de importância no âmbito da saúde pública em Minas Gerais (MG). Objetivos: Descrever o perfil epidemiológico da ocorrência de acidentes escorpiônicos em MG, nos anos de 2023 e 2024. Metodologia: Estudo descritivo quantitativo, feito a partir da base de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Foi analisado o perfil epidemiológico, de acordo com a macrorregião de saúde de ocorrência, evolução do caso, tempo picada/atendimento, mês do ano, faixa etária, sexo e raça do indivíduo acometido. Resultados: Nos anos de 2023 e 2024 foram notificados 110.848 acidentes com animais peçonhentos em MG, sendo 76.382 (68,91%) causados por escorpiões. Em 2023, ocorreram 38.784 acidentes escorpiônicos e 37.598 casos em 2024, uma redução de 3,06%. Durante esse período, os meses com maior número de acidentes foram outubro (n=7.571) e novembro (n=8.264) e os com menos casos foram abril (n=5.239) e junho (n=5.176). A macrorregião de saúde com maior ocorrência foi a Norte (n=17.724), seguida pelo Centro (n=9.515) e Nordeste (n=7.217), enquanto as menos afetadas foram o Centro Sul (n=309), Extremo Sul (n=1.078) e Sul (n=1.443). Os indivíduos mais acometidos eram do sexo masculino (52,38%, n=40.006), a maioria declararou-se da raça parda (58,79%, n=44.908), seguida da raça branca (26,01%, n=19.869). A faixa etária de 40 a 59 anos foi a mais atingida (29,38%, n=22.441, letalidade=0,16%), seguida da faixa de 20 a 39 anos (26,86%, n=20.513, letalidade=0,14%). Os acidentes cursaram em cura em 72.673 (95,14%) indivíduos, enquanto 124 (0,16%) casos evoluíram para óbito pelo agravo notificado. Pacientes menores que 1 ano de idade e entre 1 a 4 anos de idade apresentaram maior letalidade, 0,26% e 0,41% respectivamente, quando comparados com as faixas etárias supracitadas, apesar de serem menos atingidas pelos acidentes escorpiônicos. Os pacientes que foram atendidos entre 0 e 3 horas após o acidente apresentaram menor taxa de letalidade (0,15%) quando comparado com a letalidade dos atendimentos realizados após 3 horas desde o ocorrido. Conclusões: É possível traçar um perfil epidemiológico dos acidentes escorpiônicos que, apesar de apresentarem baixa letalidade, são os principais causadores de agravos relacionados aos acidentes por animais peçonhentos em Minas Gerais. A população em faixa etária pediátrica, principalmente os menores de 1 ano até os 4 anos de idade, apresentam maior tendência de evoluírem para óbito. Em contrapartida, aqueles pacientes que são atendidos em até 3 horas após o acidente possuem menores taxas de letalidade. Tal observação ressalta a importância da prevenção desses acidentes e do rápido acesso ao sistema de saúde, com diagnóstico precoce e terapêutica adequada, a fim de evitar agravos.
Palavras-chave Animais Peçonhentos, Picadas de Escorpião, Perfil Epidemiológico
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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