Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21955

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Dimensões Ambientais: ODS12
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Kelly de Jesus Ribeiro
Orientador Daiane das Graças do Carmo
Outros membros Darliane Mengali dos Reis, Jhersyka da Silva Paes, Letícia Caroline da Silva Sant'Ana, MARCELO COUTINHO PICANCO
Título Distribuição espaço-temporal global de falhas de controle de Phthorimaea absoluta por avermectinas
Resumo Phthorimaea absoluta (Meyrick) (= Tuta absoluta), conhecida como traça-do-tomateiro, é uma das principais pragas do tomateiro em escala global. Seu controle representa um grande desafio para a agricultura, sendo predominantemente realizado por meio do uso de inseticidas. No entanto, falhas frequentes no controle químico têm sido relatadas, especialmente com o uso de inseticidas do grupo das avermectina. Diante desse cenário, o presente estudo teve como objetivo avaliar a distribuição de falhas de controle de P. absoluta por avermectinas no mundo, entre os anos de 1980 a 2025. Para isso, foi realizado uma revisão sistemática, seguida de uma metanálise para quantificar e compreender a distribuição desses eventos ao longo do tempo e em diferentes regiões do mundo. A revisão foi conduzida conforme as diretrizes PRISMA, com buscas em bases de dados científicas utilizando uma heurística abrangente e triagem auxiliada por aprendizado de máquina (ASReview). Foram triados 33 artigos relacionados as análises de falhas de controle e eficiência de avermectinas, totalizando 200 ensaios. Desses, 26 artigos foram incluídos na análise qualitativa, totalizando 116 ensaios distintos. Considerou-se falha de controle, os casos em que a mortalidade da praga foi inferior a 80%. Os dados revelaram que o continente europeu foi o que mais estudou sobre a falhas de controle durante as décadas (100 ensaios), seguido da Ásia (49) e da América (42). Os primeiros estudos concentraram-se na América, com destaque entre 1980 e 2000. Posteriormente, a Europa se destacou na década de 2010, e a Ásia tem liderado número de estudos na década de 2020. A África apresentou registros pontuais, com atividades em 2010 e 2020. A análise mostrou alta heterogeneidade nas falhas de controle entre continentes e anos (I² = 99,7%, p < 0,001). As proporções variaram de 0,00 a 0,85. O efeito geral estimado pelo modelo de efeitos fixos indicou uma probabilidade global de falha de controle de 58% (proporção = 0,58; k = 29; P < 0,001), evidenciando a instabilidade da eficácia das espinosinas no manejo da praga nos continentes durante as décadas. Houve um contraste significativo na América na década de 2020, onde não foram registradas falhas (0,00; IC95%: 0,00 - 0,26), contrastando com a alta proporção observada na América em 2000 (0,85; IC95%: 0,82 - 0,88). De modo semelhante, a Europa apresentou queda na proporção de falhas ao longo das décadas: de 0,77 em 2000 para 0,62 em 2010. Em regiões africanas, observou-se uma proporção baixa em 2010 (0,10; IC95%: 0,08 - 0,11), com um leve aumento em 2020 (0,45; IC95%: 0,40–0,50). Na Ásia, a proporção também variou, com valores de 0,72 em 2010 e 0,49 em 2020. Assim, a alta heterogeneidade dos dados reforça a importância de estratégias regionais e de programas contínuos de monitoramento da resistência para um manejo mais eficaz e sustentável da traça-do-tomateiro.
Palavras-chave traça-do-tomateiro, eficiência de inseticidas, manejo integrado de pragas
Forma de apresentação..... Vídeo
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