Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21922

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Dimensões Sociais: ODS2
Setor Departamento de Zootecnia
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Lívia Santos Rodrigues
Orientador MARCIO DE SOUZA DUARTE
Outros membros Ana Clara Nunes de Araujo, Jenifer Kelly da Costa Varizi, Luiza Vitarelli Kladt, Miguel Reis Lima
Título Efeitos de diferentes níveis de consumo energia metabolizável materna no terço final da gestação sobre o metabolismo energético do músculo esquelético da progênie de bovinos de corte
Resumo A nutrição materna durante a gestação exerce influência determinante sobre o desenvolvimento e a funcionalidade do músculo esquelético da progênie, podendo desencadear adaptações estruturais e metabólicas persistentes ao longo do período pós- natal. Essas modificações refletem diretamente sobre a flexibilidade metabólica do músculo, definida como a capacidade do tecido em alternar eficientemente entre diferentes substratos energéticos em resposta às demandas fisiológicas. Esse processo envolve alterações coordenadas em vias como o metabolismo glicolítico, a oxidação de lipídios e a biogênese mitocondrial, possivelmente influenciando o desempenho produtivo do animal ao longo da vida. Este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos de diferentes níveis de consumo de energia metabolizável (EM) materna durante o terço final da gestação sobre o desenvolvimento do músculo esquelético de bezerros de corte. Foram utilizadas 42 vacas Angus-Simental prenhes, sendo 21 primíparas e 21 multíparas, alojadas em confinamento nas instalações da University of Guelph, Canadá. Os animais foram blocados por data prevista de parto, balanceados pelo peso corporal inicial e distribuídos aleatoriamente em três tratamentos, destinados a ofertar 92% (LME, n = 16), 104% (CME, n = 13) ou 118% (HME, n = 13) das exigências previstas de EM 53 dias antes do parto. Os bezerros foram pesados ao nascimento, antes de consumir o colostro, e novamente aos 209 dias, na desmama. Aos 28 dias de idade, foram coletadas amostras de plasma e soro para análise do perfil metabólico, e aos 30 dias foi realizada biópsia do músculo Longissimus dorsi para análise de expressão gênica (mRNA) e abundância proteica relacionada ao metabolismo energético. As análises estatísticas foram realizadas no SAS Studio, por meio de modelo misto incluindo os efeitos fixos de tratamento e paridade, e o efeito aleatório do touro. Não foram observadas diferenças entre tratamentos para peso ao nascimento, peso à desmama ou perfil metabólico sanguíneo. No entanto, a expressão de mRNA de MYH1 foi menor (P = 0,02) nos bezerros dos grupos HME e LME em comparação ao CME, enquanto MYH7 tendeu a ser maior (P = 0,07) nos bezerros do grupo LME em relação ao CME. A expressão de MYH2a (P = 0,04) e MYH2x (P = 0,01) foi maior nos bezerros do grupo LME em comparação ao grupo HME. Os bezerros do grupo LME também apresentaram maior expressão de PPARα (P = 0,04), PPARGC1α (P = 0,04) e MEF2A (P = 0,01), e maior atividade de AMPK (P = 0,01) em comparação aos grupos CME e HME. Por outro lado, a atividade de Akt foi maior nos grupos HME e LME em relação ao CME (P = 0,01). Esses resultados indicam que o músculo esquelético de bezerros nascidos de vacas que receberam 92% de suas exigências energéticas apresentaram maior expressão de genes relacionados a oxidação de ácidos graxos, biogênese mitocondrial e desenvolvimento muscular, características que podem alterar a sua flexibilidade metabólica.
Palavras-chave Programação Fetal, Nutrição Materna, Metabolismo Energético
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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