Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21921

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Dimensões Econômicas: ODS9
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG, Outros
Primeiro autor Laura Gomide de Freitas
Orientador JANE SELIA DOS REIS COIMBRA
Outros membros Bernardo Augusto Starlino Neves, CESAR AUGUSTO SODRE DA SILVA, EDUARDO BASILIO DE OLIVEIRA, José Roberto Miranda Júnior
Título Processo extrativo de carotenoides da microalga Tetradesmus Obliquus: Simulação Computacional
Resumo Microalgas são organismos aquáticos microscópicos, com capacidade para realizar a fotossíntese e acumular biocompostos, tais como proteínas e lipídios. As microalgas destacam-se pelo potencial de aplicações e de agregação de valor em cadeias produtivas de diferentes setores, como do alimentício ao energético. A separação de pigmentos do óleo microalgal para uso alimentício e como substituintes de corantes sintéticos apresenta desafios econômicos e operacionais, pois é dependente da extração lipídica. Neste trabalho a extração líquido-líquido foi usada para separar os pigmentos do óleo de microalgas a temperatura ambiente e pressão atmosférica. Ela consome menos energia, gera menos resíduos e minimiza a perda de compostos graxos. Todavia, o aumento de escala e a simulação dos projetos de colunas extrativas é limitada pela complexidade da transferência de massa entre as fases extrato e refinado e escassez do número de parâmetros de interação binária no equilíbrio de fases para aplicação industrial e computacional. Para melhor entender o fenômeno do equilíbrio de fases em matrizes microalgais, a extração dos pigmentos carotenoides do óleo e obtenção de parâmetros de interação binária, foi formulada uma mistura de óleos vegetais (OMCCPA) representativa do óleo da microalga Tetradesmus obliquus. A mistura de OMCCPA foi composta pelos óleos de chia/15%, coco/10%, palma/55% e abacate/20% (m/m). A obtenção dos dados para a construção da curva binodal do sistema OMCCPA + etanol + acetona em diferentes temperaturas (30°C e 40°C) permitiu determinar as composições das fases de topo e de fundo do equilíbrio líquido-líquido pela metodologia de Merchuk, Andrews e Asenjo. Para a verificação da consistência das linhas de amarração geradas pelo método foram usadas as equações de Othmer-Tobias. Observou-se uma redução do envelope bifásico do diagrama ternário com o aumento da temperatura de trabalho. Realizou-se a regressão no modelo termodinâmico UNIQUAC via software Aspen Plus®. O ajuste dos dados resultou em uma raiz do desvio quadrático médio igual a 0,79%. Utilizou-se os blocos DECANTER e EXTRACT para simular a extração de carotenoides. A extração em estágio único pelo DECANTER gerou um coeficiente de partição (massa de carotenoides na fase extrato/massa de carotenoides na fase refinado) igual a 1,764 e 1,651 para 30°C e 40°C, respectivamente. No EXTRACT, para a extração em 2 e 3 estágios, os coeficientes de partição foram iguais a 0,742; 0,763 e 0,854; 0,877, respectivamente para 30°C e 40°C. Assim, observou-se a partição preferencial dos carotenoides para a fase extrato em estágio único. A baixa composição de OMCCPA na fase extrato sugere uma baixa perda de matéria-prima e alta recuperação de solvente. O uso da simulação em operações de extração líquido-líquido é promissor ao apresentar a possibilidade de otimizar e extrapolar cenários testados em laboratório, e alavancar o estudo do uso desses solventes em outras temperaturas.
Palavras-chave microalgas, carotenoides, extração líquido-líquido
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
Gerado em 0,67 segundos.