Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21917

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Dimensões Sociais: ODS4
Setor Departamento de Letras
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Fernanda Vieira Géa
Orientador ANA MARIA FERREIRA BARCELOS
Título Entre Inseguranças e Resistências: Crenças de Professores em Formação sobre o Mito do Falante Nativo
Resumo As crenças, compreendidas como construções sociais derivadas de experiências vividas e processos de interpretação e (re)significação (Barcelos, 2004; Kalaja et al., 2016), exercem um papel central na formação de professores. Um tema particularmente sensível nesse campo é o chamado mito do falante nativo — a ideia de que professores nativos de inglês (PFN) são mais competentes, fluentes ou eficazes do que os falantes não nativos (PFNN). Essa crença, ainda presente em muitos contextos educacionais e sociais, é amplamente problematizada na Linguística Aplicada por seus efeitos excludentes e desvalorizadores (Stanley, 2015; Houghton & Bouchard, 2020). Como argumenta Cook (1999), a condição de ser falante nativo não é algo que possamos escolher, pois não decidimos onde nascemos nem quem nos cria. Sustentar critérios de legitimidade profissional com base nesse fator biográfico revela-se, portanto, arbitrário e profundamente injusto.
Essa crença hegemônica pode afetar negativamente a autoestima, a identidade e o desenvolvimento emocional e profissional de professores em formação, especialmente daqueles que se reconhecem como PFNN. Nesse sentido, o mito do falante nativo torna-se um obstáculo à valorização da diversidade linguística e cultural no ensino de línguas. Esta pesquisa, ainda em desenvolvimento, tem como objetivo compreender as crenças e emoções de professores de inglês em formação inicial, bem como mapear possíveis vulnerabilidades emocionais relacionadas à persistência desse mito. A investigação adota uma abordagem qualitativa e envolve a aplicação de questionários semiestruturados, entrevistas em profundidade e produção de narrativas, com base em autores como Holliday (2002) e Patton (2002). Resultados parciais revelam que, embora os participantes rejeitem a superioridade do falante nativo, ainda experienciam insegurança, frustração e injustiça. Também apontam para transformações de crença possibilitadas pelo ingresso na universidade e pelo contato com perspectivas mais críticas sobre língua, ensino e identidade docente.
Palavras-chave emoções, falante não nativo, crenças
Forma de apresentação..... Vídeo
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