Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21916

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Dimensões Econômicas: ODS9
Setor Departamento de Zootecnia
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Marcos Batista Camargos
Orientador SIMONE ELIZA FACIONI GUIMARAES
Outros membros Lilian Karem Estevão Santos de Jesus, MARIO LUIZ CHIZZOTTI, Melissa Aparecida Borges Gonçalves, Wenderson Moura de Carvalho
Título Comparação entre absorciometria por raios-x de dupla energia e análise química na avaliação da composição de meias‑carcaças de vacas de descarte
Resumo Atualmente, a indústria da carne demanda métodos mais práticos e eficientes para avaliação da composição de carcaças. As análises químicas tradicionais, embora precisas, são destrutivas, trabalhosas e de alto custo, o que limita sua aplicação em larga escala. Nesse contexto, cresce o interesse por técnicas alternativas que sejam mais ágeis, menos invasivas e viáveis. A absorciometria por raios-X de dupla energia (DEXA) surge como uma técnica promissora, oferecendo estimativas rápidas, reprodutíveis e não destrutivas. Assim, objetivou-se comparar os resultados obtidos por varredura DEXA com as análises químicas laboratoriais, a fim de avaliar a precisão da tecnologia na estimativa da composição corporal em seções da meia-carcaça de vacas de descarte. Foram utilizadas 24 meias-carcaças direitas de vacas de descarte, abatidas no Frigorífico Escola, da Universidade Federal de Viçosa. As meias-carcaças, após 24 horas de resfriamento a 4 °C, apresentaram peso médio de 129,0 ± 17,5 kg. Em seguida, foram divididas em cinco seções: S1 (corte após a 2ª costela), S2 (corte após a 8ª costela), S3 (corte após a 13ª costela), S4 (corte após o osso sacro) e S5 (porção residual). Posteriormente, as seções foram escaneadas e avaliadas por meio da unidade médica DEXA, obtendo resultados para massa de tecido gordo, massa de tecido magro e conteúdo mineral ósseo (BMC). Finalizadas análises no DEXA, as seções retornaram para o Frigorífico Escola e foram dissecadas (separadas em gordura, músculo e osso). Para determinação da composição química, foram realizadas análises de proteína bruta, matéria mineral e extrato etéreo, conforme metodologias de Detmann et al. (2021). Os valores em porcentagem da análise química foram convertidos para kg de matéria natural. As estimativas obtidas por varredura DEXA foram usadas como variáveis preditoras para estimar a composição física das seções. O software SAS 9.04 (SAS Institute Inc., Cary, NC, USA) foi utilizado para calcular estatísticas descritivas e avaliar a precisão dos modelos por meio do coeficiente de determinação (R²) e da raiz do erro quadrático médio de predição (RMSEP). O DEXA superestimou a proteína em quase todas as seções, com exceção da S4. A gordura mostrou alta variabilidade no DEXA, com coeficientes de variação (CV) > 34% em todas as seções, até 61,4% em S3. Já para minerais houve boa concordância química vs. DEXA (3,74 vs. 2,26 kg em S1; 3,28 vs. 2,07 kg em S5) com CVs baixos (17,4% e 16,7%). As equações de regressão que relacionam as estimativas do DEXA com a dissecação apresentaram excelente ajuste para músculo (R² = 0,92; RMSEP = 2,12 kg) e para osso (R²  =  0,86; RMSEP  =  0,45 kg), e moderado para gordura (R² = 0,28; RMSEP = 2,11 kg). Todas as equações foram significativas (p < 0,0001). Esses resultados indicam que o DEXA é bastante preciso na predição de proteína e matéria mineral em seções das carcaças de vacas de descarte Nelore, embora apresente menor robustez na estimativa de gordura.
Palavras-chave bovinos, composição química, predição
Forma de apresentação..... Painel
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