Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21908

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Dimensões Ambientais: ODS13
Setor Departamento de Solos
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Guilherme Martins Lopes
Orientador ELPIDIO INACIO FERNANDES FILHO
Outros membros Cássio Marques Moquedace dos Santos, Clara Glória Oliveira Baldi
Título Modelagem e mapeamento de carbono das raízes em escala global
Resumo O solo é o maior reservatório de carbono orgânico em ecossistemas terrestres, sendo que parte desse carbono é oriundo das raízes de plantas. Contudo, ainda não há mapas de carbono nas raízes em escala global. Desse modo, objetivou-se modelar e mapear a concentração de carbono nas raízes (CCR) em ecorregiões globais. O banco de dados (BD) utilizados foi o Global Roots Traits (GRooT), que possui mais de 100 mil registros de 38 traços funcionais compilados a partir de diversos trabalhos no mundo. Inicialmente, filtrou-se os dados referente à CCR e eliminou-se linhas contendo valores “NA”. Além disso, corrigiu-se as coordenadas geográficas deslocadas com o auxílio do software QGIS. Posteriormente, realizou-se o download de covariáveis ambientais (CA), nas quais foram padronizadas à uma resolução espacial de 1km e reprojetadas para o sistema de coordenadas de Goode’s Homoloise. Em seguida, empilhou-se os dados das CA com os de CCR, a fim de obter um conjunto de dados (CD) único. Feito o pré-processamento dos dados, realizou-se a seleção de covariáveis por meio da Correlação de Spearman e Recursive Feature Elimination a fim de reduzir dados redundantes e encontrar o melhor CD. Para o ajuste do do modelo utilizou-se o algoritmo Quantile Random Forest (QRF) e uma validação cruzada de 10 folds e 10 repetições para ajustar o modelo com 100% das amostras selecionadas. Após isso, calculou-se métricas de performance tanto para o modelo gerado, quanto para o modelo nulo. Por fim, criou-se os mapas de CCR em escala global e intervalos de predição 5%, 50%, 95% e para o desvio padrão. Todo esse processamento foi feito no software R. Ao avaliar as métricas de performance notou-se que os valores de erro médio quadrático e erro médio absoluto do QRF foram menores que as do modelo nulo. As CA mais importantes no ajuste foram bio15, bio13 e bio5, respectivamente. O modelo ajustado com o QRF apresentou dificuldade de predição principalmente em regiões desérticas e isentas de amostras. Os preditores bioclimáticos mais importantes estão relacionados a precipitação e temperatura. A precipitação está ligada com o regime hídrico, no qual fornece de água para as plantas realizarem seus processos fisiológicos e desenvolvimento do sistema radicular. Já a temperatura atua na produtividade vegetal, influenciando diretamente no armazenamento de carbono e evapotranspiração. As regiões nas quais o modelo apresentou os valores mais altos de desvio padrão se relacionam com as áreas com baixa densidade amostral, o que demonstra uma maior incerteza espacial e necessidade de amostragem. Portanto, apesar do baixo desempenho do modelo em algumas regiões, os mapas criados revelaram como é a distribuição da CCR global, bem como as regiões que carecem de mais amostragem. Estes dados são de grande valia para abordagens estratégicas para a preservação de sumidouros de carbono radicular e planejamento de medidas de mitigação das mudanças climáticas.
Palavras-chave Machine learning, Mapas de carbono radicular, Carbono do solo
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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