Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21862

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Dimensões Ambientais: ODS7
Setor Departamento de Agronomia
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq
Primeiro autor Mirelle Oliveira Braz
Orientador LUCILENE SILVA DE OLIVEIRA
Outros membros Ana Carolina Melo Ribeiro, LEONARDO DUARTE PIMENTEL, Lucas Lino Diogo, Pauliana Aparecida da Silva
Título O teor de água do mesocarpo influência no rendimento de extração mecânica de óleo de macaúba
Resumo A macaúba (Acrocomia aculeata) é uma palmeira nativa do Brasil com grande potencial para a indústria de óleos vegetais. No entanto, seu aproveitamento enfrenta gargalos no processamento pós-colheita, principalmente devido ao elevado teor de água dos frutos, que dificulta a extração mecânica do óleo do mesocarpo. Diante disso, este trabalho teve como objetivo determinar a faixa de teor de água ótima do mesocarpo que maximize o rendimento da extração de óleo. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado, com sete tratamentos, correspondentes a diferentes teores de umidade, e quatro repetições cada. Frutos de macaúba foram secos em secador de camada fixa (Scott Tech, MS24/2) a 60 ºC, com coletas realizadas ao longo de sete dias para obtenção de amostras com diferentes teores de água. O teor de água foi determinado pelo método gravimétrico padrão em estufa a 105 ºC até a massa constante. Após o despolpamento, o mesocarpo foi misturado a 30% de casca e submetido à extração de óleo em prensa contínua tipo expeller (Scott Tech ERT 75 III). O rendimento (ml.kg⁻¹) foi analisado por regressão polinomial para identificação do ponto de máxima eficiência. Os resultados demonstraram uma relação não linear entre as variáveis, com o rendimento máximo de extração de aproximadamente 444 ml.kg⁻¹, sendo alcançado quando o teor de água atingiu a faixa ótima de 17,4% (b.u). Fora dessa faixa, a eficiência caiu drasticamente. Teores acima de 30% reduziram o rendimento para valores inferiores a 111 ml.kg⁻¹, devido à elevada viscosidade e adesividade do mesocarpo, que diminuem a fricção necessária para a extração na prensa. Por outro lado, teores inferiores a 13% (b.u) também se mostraram prejudiciais, com rendimento inferior a 200 ml.kg⁻¹, o que sugere o endurecimento da matriz fibrosa dificulta o rompimento celular e a liberação do óleo. Conclui-se que o controle do teor de água do mesocarpo é um fator crítico para a extração mecânica do óleo de macaúba. A determinação da faixa ótima de 17,4% (b.u) não apenas maximiza o rendimento, como também fornece subsídios técnicos para protocolos de pós-colheita voltados à eficiência e sustentabilidade da cadeia produtiva da macaúba.
Palavras-chave Acrocomia aculeata, pós-colheita, secagem
Forma de apresentação..... Vídeo
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