Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21847

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS2
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Érica Aparecida Coelho
Orientador MARIA TERESA FIALHO DE SOUSA CAMPOS
Outros membros ROSANGELA MINARDI MITRE COTTA
Título Empoderamento feminino em creches filantrópicas: concepções, significados e sentimentos sobre soberania e segurança alimentar e nutricional
Resumo O presente estudo objetivou conhecer as concepções, pensamentos, significados, sentimentos e intenções em relação ao empoderamento feminino, soberania e segurança alimentar e nutricional de mulheres funcionárias envolvidas no processo de aquisição e preparo das refeições em creches filantrópicas da cidade de Viçosa-MG. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, cujas informações foram analisadas com base no raciocínio que guiou as ações das participantes em prol de prover alimentação às crianças atendidas. Adotou-se a técnica da entrevista como forma de comunicação e de interação. Foram entrevistadas seis mulheres trabalhadoras, com idade entre 26 e 58 anos, de três creches filantrópicas. A análise se baseou nas partições selecionadas de respostas modais e em termos de atributos, buscou-se os definidores, referindo-se aos conteúdos e argumentos mais mencionados e em quais contextos apareceram. Para situar o raciocínio que orientou as ações da funcionária, os conceitos de prática/realização, reflexividade, relatabilidade, indicialidade e de noção de membro referenciados por Guesser foram ponderados. Igualmente, as orientações previstas no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) fundamentaram outras questões trazidas por elas. Constatou-se que o empoderamento feminino se configura como um importante aliado no agir das entrevistadas, colocando-as mais próximas ao protagonismo de suas vidas e na busca do aperfeiçoamento do trabalho visando a melhoria das refeições servidas às crianças. Porém, existem padrões enraizados do patriarcado que ainda limitam ou inibem o alcance dos potenciais individuais e coletivos. A soberania alimentar foi restringida ao “direito à escolha do que comer” e as especificidades em torno do termo são desconhecidas ou pouco exploradas. A Segurança Alimentar e Nutricional foi relacionada ao acesso e consumo adequado dos nutrientes através de uma boa alimentação e dos cuidados higiênicos sanitários necessários ao manuseio e preparo dos alimentos. Sobre a interrupção das atividades das creches, como ocorreu na pandemia de COVID-19, as falas retrataram tristeza, insegurança, impotência e a preocupação delas em relação às crianças. Quanto aos ajustes que se traduzem em atividades práticas racionais para responder à vulnerabilidade social de crianças que dependem, diariamente, das refeições servidas nestas creches, a racionalidade com base na noção de membro e na reflexividade prevaleceu nos argumentos e nas ações. A enunciação que emerge dessas vozes possibilitou uma melhor compreensão de como estas funcionárias lidam com a questão da insegurança alimentar e de como este processo interfere na alimentação servida às crianças. Concluiu-se que a integração entre creches filantrópicas e a prefeitura precisa ser aprimorada para que se possa prover a segurança alimentar e nutricional das crianças, sem perder de vista os pilares da soberania alimentar que envolve outras gestões e atores sociais como coparceiros.
Palavras-chave Empoderamento Feminino, Soberania Alimentar, Segurança Alimentar.
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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