Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21846

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Ambientais: ODS13
Setor Departamento de Biologia Vegetal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Maria Clara Oliveira Monteze
Orientador WAGNER LUIZ ARAUJO
Outros membros Domingos Ferreira de Mélo Neto, João Antonio Siqueira, Lucas Eduardo Realto da Silva, Marcelle Ferreira Silva
Título Cronocultura em tomateiros: a manipulação do regime hídrico otimizando o desenvolvimento vegetal
Resumo Considerando a intensificação inegável das mudanças climáticas e a crescente demanda por maior produtividade sob condições ambientais adversas tendo em vista o aumento da população mundial, torna-se essencial adotar estratégias que otimizem a produção vegetal e promovam o uso eficiente da água. Buscando reduzir a necessidade de novos investimentos em programas de melhoramento genético, investigar a capacidade das plantas em modular seu metabolismo em resposta a estímulos ambientais controlados apresenta-se como uma alternativa promissora e atual na agricultura. Nesse contexto, a cronocultura surge para tornar os processos agrícolas mais precisos, eficientes e de baixo custo. Este trabalho teve como objetivo avaliar a relação entre o relógio circadiano e regimes hídricos controlados em tomateiro (Solanum lycopersicum). Os tratamentos consistiram na aplicação de dois turnos de irrigação: rega no início da manhã (DAWN) e rega ao entardecer (DUSK). O volume de água foi ajustado para 15% da capacidade de campo no início do experimento, aumentando para 30%, 40% e 50% de acordo com a demanda hídrica das plantas. Foram avaliados os parâmetros morfológicos (área foliar total, altura e massa seca), cinética estomática, trocas gasosas em um período de 24h, compostos do metabolismo primário e expressão de genes associados ao ritmo circadiano e ao metabolismo de carboidratos ao longo de 48h. As plantas submetidas ao regime de irrigação DUSK apresentaram melhor desempenho no acúmulo de biomassa, maior área foliar e altura, indicando maior eficiência na fixação de CO2. Da mesma forma, a assimilação líquida de CO2, a condutância estomática e a transpiração foram maiores no período da manhã para este tratamento. As concentrações de glicose e frutose foram superiores no tratamento DAWN. Já a concentração de malato foi maior nas plantas irrigadas ao entardecer. A expressão do gene TOC1 ocorre de forma mais antecipada no tratamento DUSK, com maior expressão de GI no fim da tarde para este mesmo regime. Além disso, genes associados a degradação do amido, como GWD1, apresentaram maior pico de expressão ao final do dia, enquanto AMY3 e BAM5 tiveram maior expressão durante a noite. Corroborando com o aumento da concentração de malato, a expressão de MDHgly foi superior no tratamento DUSK ao entardecer. Em suma, a manipulação dos estímulos ambientais, nesse caso o horário de rega, provoca alterações na síntese e degradação do amido, bem como na expressão de genes associados ao relógio circadiano. Observou-se que a rega pela manhã favorece ao acúmulo de carboidratos em detrimento do crescimento, enquanto a rega ao entardecer favorece o crescimento vegetal, otimizando o desempenho fotossintético em horários mais favoráveis do dia e promovendo maior eficiência do uso da água, mesmo com maiores taxas de condutância estomática.
Palavras-chave relógio biológico, irrigação, metabolismo de carboidratos
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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