Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21838

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Dimensões Econômicas: ODS9
Setor Departamento de Microbiologia
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Jomar de Lima Barros
Orientador MARCOS ROGERIO TOTOLA
Outros membros 147.022.886-60
Título Atividade Enzimática de Bactérias Halotolerantes Estudadas em Laboratório
Resumo Microrganismos que se desenvolvem em condições físicas ou geoquímicas consideradas extremas são denominados extremófilos. A capacidade adaptativa de bactérias extremófilas, especialmente as halotolerantes, é de interesse em contextos biotecnológicos. Entre as potenciais aplicações desses microrganismos, destaca-se a produção de enzimas que são funcionalmente estáveis em ambientes salinos e sob altas temperaturas, condições prevalecentes em alguns processos industriais. A necessidade de proteases estáveis em meio à salmoura, utilizada no curtimento do couro para impedir o crescimento de microrganismos decompositores, ou o uso de lipases no tratamento de águas residuárias salinas são exemplos relevantes dessas aplicações. Essas enzimas apresentam potencial para substituir enzimas convencionais em processos industriais, aumentando a eficiência dos mesmos. Sua utilização pode contribuir para a redução de custos operacionais e o desenvolvimento de tecnologias mais sustentáveis. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar a produção e a atividade enzimática de vinte bactérias halotolerantes isoladas de ambientes salinos na região de Camocim, Ceará. As cepas isoladas foram identificadas por análise de ácidos graxos (FAME) e sequenciamento da região 16S do RNA ribossômico. Além disso, a produção de amilases, proteases e lipases foi avaliada qualitativamente em placas com substratos específicos, enquanto a atividade enzimática foi mensurada por ensaios colorimétricos utilizando extratos brutos em diferentes condições de pH (5,0 e 7,0) e temperatura (30 °C e 50 °C). Dentre as 20 cepas analisadas, todas produziram ao menos uma das enzimas, sendo a produção de lipase a mais frequente (16 cepas), seguida de proteases (14) e amilases (6). Algumas divergências entre os testes qualitativos e quantitativos sugerem a influência de fatores ambientais na expressão ou atividade das enzimas, além da possível liberação de enzimas intracelulares nos extratos. Apesar de apresentarem uma capacidade reduzida na produção das enzimas avaliadas, a produção enzimática desses isolados demonstra o potencial biotecnológico de bactérias halotolerantes como fonte de enzimas industriais estáveis em ambientes extremos, indicando sua relevância para o desenvolvimento de processos mais sustentáveis e eficientes. Destaca-se ainda que a biodiversidade de microrganismos extremófilos no Brasil é pouco conhecida e explorada. Os diversos biomas brasileiros e as condições ambientais únicas que alguns deles oferecem podem ser fontes valiosas para a resolução de desafios biotecnológicos.
Palavras-chave Bactérias halotolerantes, Extremófilos, Enzimas
Forma de apresentação..... Vídeo
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