Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21828

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa PIBITI/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Lorena Luna Ferreira
Orientador HERCIA STAMPINI DUARTE MARTINO
Outros membros Andressa Alvarenga Silva, BARBARA PEREIRA DA SILVA, Valeria Aparecida Vieira Queiroz
Título Desenvolvimento e aceitação sensorial de hambúrguer vegetal a base de sorgo e isolado proteico de feijão.
Resumo A crescente demanda por alimentos nutritivos e sustentáveis impulsionam o desenvolvimento de alternativas vegetais aos produtos de origem animal. O sorgo destaca-se pelo teor de compostos fenólicos e atividade antioxidante e o isolado proteico de feijão-caupi (IPFC) apresenta elevado conteúdo de proteínas, ferro e compostos bioativos. A combinação desses ingredientes em hambúrgueres vegetais constitui alternativa aos produtos cárneos. O objetivo deste trabalho foi desenvolver quatro hambúrgueres vegetais com diferentes teores de proteína, à base de sorgo, com e sem taninos, e IPFC. Foram desenvolvidas as formulações: sorgo com tanino e IPFC com 19% de proteína (HCT19); sorgo com tanino e IPFC com 24% de proteína (HCT24); sorgo sem tanino e IPFC com 19% de proteína (HCT19); sorgo sem tanino e IPFC 24% de proteína (HST24); e amostra de hambúrguer comercial (HCO) para comparar. A análise sensorial foi avaliada por 109 voluntários utilizando escala hedônica de 9 pontos e intenção de compra (IC) com escala de 5 pontos. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos do IFRJ (n° 5.717.600). As duas formulações com melhor aceitação foram selecionadas para análise da composição centesimal, minerais (Cu, Fe, Zn, Mn), taninos condensados, amido resistente (AR), ácido fítico, ácido oxálico, capacidade antioxidante (CAT) e fenólicos totais. As análises estatísticas foram realizadas com distribuição normal e análise one-way ANOVA, seguida pelo teste post-hoc de Tukey (p<0,05). O HST19 e HCO não diferiram para sabor, textura e impressão global (classificadas como “Gostei ligeiramente”). HCT19 foi inferior a HST19 e HCO para cor e textura. HST19 se destaca pelo maior valor de IC (3.25±1.14). HST24 e HCT24 apresentaram a menor média para a maioria dos atributos sensoriais, sendo HCT19 e HST19 selecionados para demais análises. HST19 e HCT19 apresentaram maior teor de carboidrato (39,40±0,29; 40,80±0,17 vs 9,02±0,24) e menor de lipídio (22,40±0,44; 20,30±0,18 vs 30,90±0,30) comparado ao HCO. Apesar de alto teor de proteína, HST19 e HCT19 (19,40 ± 0,08; 19,37 ± 0,05) apresentam menor valor em relação ao HCO (37,57 ± 0,11) devido a matriz. Para fibra alimentar, todas as amostras apresentaram alto teor, sem diferença entre elas (HST19: 13,38±0,64; HCT19: 14,09±0,17) comparado ao HCO (15,20±0,57). Ademais, HST19 e HCT19 apresentaram elevado teor de ferro (9,66±2,49; 9,18±0,21) e AR (6,06±2,09; 6,64±0.7) comparado ao HCO (Fe: 7,18±0,89; AR: 0,82±0,04). A CAT foi avaliada por ABTS, com HCT19 apresentando a maior CAT comparado ao HCO e HST19 (5,16±0,06 vs 4,41±0,20; 3,44±0,08), enquanto por FRAP, HCT19 e HCO não apresentaram diferença, mas foram maiores que o HST19 (6,81±0,87; 6,82±0,61 vs 4,77±0,32). Logo, ambas as formulações foram bem aceitas sensorialmente e na intenção de compra, com valor nutricional agregado, elevado teor de proteína, ferro, lipídios, amido resistente e carboidrato, além de alta capacidade antioxidante ofertada por HCT19.
Palavras-chave Leguminosas, hambúrguer, vegetal
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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