Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21778

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Dimensões Sociais: ODS10
Setor Departamento de Serviço Social
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Beatriz Cerqueira de Souza
Orientador KARLA MARIA DAMIANO TEIXEIRA
Outros membros Juliana Silva, Rayane Germano Lana, Rogher Raphael de Souza Rabello, Sara de Souza Arlindo
Título Mulheres com Deficiência na Universidade: Interseccionalidade e Violências no Ambiente Educacional
Resumo Pessoas com deficiência ainda são nitidamente excluídas do sistema de ensino superior, reflexo de uma estrutura social capacitista e capitalista que naturaliza desigualdades e limita o acesso à educação. Esta pesquisa adota uma perspectiva interseccional ao analisar o cotidiano de mulheres com deficiência no ambiente universitário, buscando compreender como diferentes marcadores sociais, como gênero, raça e classe, atravessam suas experiências acadêmicas. O objetivo geral é investigar e compreender os obstáculos enfrentados por pessoas com deficiência no ensino superior, com ênfase nas especificidades vivenciadas por mulheres. A metodologia adotada é de natureza quanti-qualitativa, com caráter descritivo e analítico, baseada em revisão bibliográfica, análise documental e consulta a bases de dados sobre educação inclusiva e equidade de gênero. Os dados apontam que a condição de inferioridade historicamente imposta às pessoas com deficiência é ainda mais acentuada quando se considera a inserção com o gênero Mulheres com deficiência, sobretudo as negras e de baixa renda, apresentam índices mais baixos de escolarização e enfrentam múltiplas barreiras de acesso e permanência no ensino superior. Quando conseguem acessar na universidade, encontram um cenário de exclusão simbólica e material, marcado pela ausência de acessibilidade arquitetônica, pedagógica e comunicacional, além da escassez de políticas públicas eficazes de apoio estudantil. A pesquisa revelou que essas estudantes vivenciam uma realidade de precarização estrutural que se manifesta desde o ingresso até a permanência no ambiente universitário. A ausência de rampas, elevadores, intérpretes de Libras, materiais acessíveis, além de práticas pedagógicas pouco inclusivas, compromete a participação plena dessas mulheres nos espaços acadêmicos. Soma-se a isso o despreparo institucional e a invisibilização das questões de gênero e deficiências nas políticas de inclusão existentes. Dessa forma, a análise interseccional evidencia que o ensino superior, embora concebido como espaço de emancipação, pode reproduzir e acentuar desigualdades. É urgente repensar a estrutura universitária de modo a garantir acessibilidade, equidade e pertencimento para todas as estudantes, especialmente aquelas que vivenciam múltiplas opressões. A pesquisa propõe, assim, uma reflexão crítica sobre os impactos do sistema capitalista, capacitista e patriarcal na trajetória acadêmica de mulheres com deficiência, e destaca a necessidade de políticas públicas comprometidas com a inclusão, a permanência e o respeito à diversidade.
Palavras-chave Pessoas com deficiência, análise interseccional, inclusão na universidade.
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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