Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21769

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Guilherme Costa Guerra
Orientador EMILY CORRENA CARLO REIS
Outros membros Caroline Silva Alves, Késia Maria Couri Guedes, Larissa Rodrigues Freitas, Nathalia dos Santos Rosse
Título Ultrassonografia modo B e Doppler no monitoramento da doença renal crônica em gato
Resumo Introdução: A doença renal crônica (DRC) é uma enfermidade frequente em felinos, caracterizada por progressão lenta e irreversível. A ultrassonografia modo B é amplamente utilizada na avaliação morfológica renal, e sua associação ao modo Doppler permite análise da perfusão renal em tempo real. Os índices de resistividade (IR) e de pulsatilidade (IP), obtidos pelo Doppler, têm sido estudados pelo seu potencial diagnóstico e prognóstico em afecções renais e cardiovasculares, mas ainda são pouco usados na rotina clínica. Objetivos: Relatar a aplicação clínica dos índices IR e IP no acompanhamento de um felino com DRC descompensado e cardiopatia, correlacionando os valores obtidos com os parâmetros clínicos, laboratoriais e ultrassonográficos durante a internação e os retornos ambulatoriais. Metodologia: Realizou-se acompanhamento ultrassonográfico diário por 11 dias consecutivos de internação, com exames adicionais nos dias 29, 36 e 84 após a alta. Os exames incluíram avaliação em modo B e modo Doppler renal, com obtenção padronizada dos índices IR e IP de artérias intrarrenais, realizados pelo mesmo operador. Os valores foram comparados com os achados clínicos, laboratoriais (ureia, creatinina [CR], hematócrito, potássio) e pressão arterial sistólica (PAS). Resultados: Foi observada redução progressiva dos índices IR e IP com a estabilização clínica do paciente, ainda antes da normalização dos exames laboratoriais ou de alterações significativas nas imagens em modo B. No dia 1 os valores de IR foram 0,94 para o rim esquerdo (RE) e 0,92 para o rim direito (RD), com ausência parcial de fluxo diastólico, tendo valores de 3,37 de CR e 90 de PAS. IP foram obtidos a partir do dia 4 com a restauração do fluxo diastólico: 5,95 (RE) e 8,40 (RD), 4,03 para CR e 90 de PAS. No dia 9, os valores de IR atingiram níveis considerados normais: 0,66 (RE) e 0,65 (RD) e 140 de PAS, coincidindo com a recuperação da volemia, normotensão e ausência de sinais de desidratação. Na mesma data, valores de IP, embora ainda elevados em relação à referência (1,29), mostraram queda expressiva: 2,24 (RE) e 2,05 (RD), quando valores de pressão sistólica. Na última avaliação (dia 84), os índices voltaram a se elevar com IR: 0,81 (RD) e 0,86 (RE) e IP de 1,52 (RD) e 1,85 (RE) e 1,90 de CR, acompanhando nova piora clínica, mesmo com exames laboratoriais relativamente estáveis. Conclusão: Os índices IR e IP mostraram-se sensíveis às alterações hemodinâmicas do paciente, o primeiro de forma mais intensa. A monitoração seriada com Doppler demonstrou utilidade superior à ultrassonografia modo B e aos exames laboratoriais isolados em determinados momentos do acompanhamento. IR e IP mostraram potencial como marcadores precoces de resposta ao tratamento e de episódios de descompensação aguda da DRC. Este relato reforça a aplicabilidade dos índices Doppler como ferramentas complementares no monitoramento clínico de felinos nefropatas, notadamente com potencial valor prognóstico.
Palavras-chave avaliação hemodinâmica, IR, IP
Forma de apresentação..... Vídeo
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