Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21765

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Dimensões Sociais: ODS2
Setor Departamento de Zootecnia
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Luís Gustavo de Oliveira Bema
Orientador RENATA VERONEZE
Outros membros DANIELE BOTELHO DINIZ MARQUES, Layla Cristien de Cássia Miranda Dias, Maria Clara Meira de Lacerda, Vitória Ribeiro Oliveira
Título Avaliação da aceitação do pernil suíno de diferentes grupos genéticos por consumidores
Resumo A seleção intensiva para características produtivas e aumento da deposição de carne magra pode levar à redução de atributos relacionados à qualidade da carne, como sabor, suculência e maciez, essenciais para a experiência sensorial do consumidor. Raças naturalizadas brasileiras, como a Piau, apresentam maior teor de gordura na carcaça, o que pode conferir maior suculência e sabor à carne. Embora o pernil seja o corte com maior proporção de carne na carcaça suína, a maioria dos estudos de análise sensorial foca na avaliação do lombo, tradicionalmente considerado um corte mais magro. Compreender o efeito do grupo genético na aceitação da carne é importante tanto para orientar estratégias de cruzamento que favoreçam a qualidade sensorial, quanto para monitorar os impactos do melhoramento genético sobre a percepção do consumidor. Este estudo teve como objetivo investigar o efeito dos grupos genéticos Piau (PP), Large White (LL), Piau × Large White (PL) e Duroc × Large White (DL) na aceitação do pernil suíno por consumidores. Foram utilizados seis suínos do grupo PP, nove do grupo LL, onze do cruzamento PL (machos Piau × fêmeas Large White) e treze do grupo DL (machos Duroc × fêmeas Large White). Após o abate, as amostras de pernil foram embaladas a vácuo, congeladas, descongeladas, marinadas em salmoura com 2% de NaCl por 12 horas e cozidas em grill elétrico a 160 °C até atingirem temperatura interna de 70 °C. Os bifes foram codificados com números aleatórios e oferecidos em cabines individuais, garantindo o anonimato das amostras. Um total de 107 consumidores (59 homens e 48 mulheres) avaliou as amostras dos quatro grupos genéticos utilizando uma escala hedônica de nove pontos (1 = desgostei extremamente; 9 = gostei extremamente). A análise estatística foi conduzida por meio de modelos lineares hierárquicos bayesianos com resposta ordinal, utilizando o pacote brms no software R. A aceitação geral do pernil suíno não apresentou diferenças estatisticamente significativas entre os grupos genéticos avaliados. Esses resultados sugerem que, do ponto de vista do consumidor, o pernil foi sensorialmente equivalente em termos de aceitação, independentemente do grupo genético. Embora a raça Piau e o cruzamento PL apresentem maior teor de gordura na carcaça, isso não influenciou a aceitação da carne. Da mesma forma, embora o Duroc seja amplamente reconhecido por sua qualidade de carne superior, o cruzamento DL não apresentou maior chance de receber notas altas. Para todos os grupos, a probabilidade de notas muito baixas (1, 2 ou 3) foi pequena e semelhante. Conclui-se que o grupo genético não influenciou a aceitação sensorial do pernil suíno, e todos os grupos avaliados apresentaram boa aceitação pelos consumidores.
Palavras-chave painel sensorial, cruzamento, Piau
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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