Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21762

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Maria Celeste Fujita Ribeiro
Orientador LUCAS BORGES GOMES FERREIRA PINTO
Outros membros Ana Cláudia Souza Barral, Fernanda Leyr Aguiar das Neves, Maria Clara Souza Duarte, Mauro Lucio Camargos Barbosa Junior
Título Correlação entre a cobertura vacinal da dTpa em gestantes e casos de Coqueluche em bebês menores de 6 meses, uma análise entre 2012 e 2022
Resumo Introdução: A coqueluche é uma infecção do trato respiratório causada pela bactéria Bordetella pertussis, transmitida por meio de gotículas respiratórias. Em neonatos e lactentes, a enfermidade é especialmente preocupante devido ao alto risco de complicações, como pneumonia, convulsões, hipoxemia e morte. Diante disso, a vacina dTpa foi incluída no calendário nacional de vacinação para gestantes em 2014 com o intuito de promover a imunização passiva nos recém-nascidos até que eles completem os próprios esquemas vacinais. Nesse contexto, a correlação entre a cobertura vacinal e a incidência de casos é essencial para a observação dos resultados positivos da profilaxia e a adoção de medidas que visem atingir as metas de cobertura. Objetivos: Averiguar de forma breve e objetiva o efeito da vacina dTpa gestante na incidência da coqueluche em neonatos e lactentes no Brasil, entre 2012 e 2022. Material e Métodos: Estudo ecológico, transversal com base em dados secundários obtidos no DataSUS a respeito da influência da vacina dTpa gestante na incidência da coqueluche em menores de 6 meses. As variáveis utilizadas na análise foram “casos confirmados”, “faixa etária”, “ano”, “região", “evolução”, “vacinação dTpa gestante”, “por ano”, “por região” e “nascidos vivos”, as quais foram coletadas em julho de 2025. O cálculo da incidência foi realizado a partir da razão entre os novos casos de coqueluche pela quantidade de nascidos vivos em 2013, o mesmo para o ano de 2015. Resultados: Durante o período foram contabilizados 30873 casos de coqueluche no Brasil, sendo 16094 em menores de 6 meses (52,13%). Os registros concentram-se no ano de 2014 (28,77% n=4630), na faixa etária de 2 meses (25,25%, n=4063) e na região Sudeste (39,97% n=6433). Desses, 14406 (89,51%) evoluíram para a cura e 381 (2,37%) para o óbito. Com relação às imunizações, a cobertura vacinal encontra-se em uma crescente com exceção aos anos de 2016, 2020 e 2021, sendo que o maior percentual de aplicações ocorreu em 2019 (63,23%), na região Centro-Oeste (44,36%). Percebe-se que a redução de 11,16% na vacinação em 2016 foi acompanhada por um aumento de 21,60% no número de notificações de coqueluche em 2017; assim também no ano de 2021, com queda de 3,26% na cobertura e acréscimo de 46,99% na quantidade de casos no ano subsequente. Ao se comparar a incidência da enfermidade no ano anterior à instituição da dTpa gestante, em 2013 (112,64/100 mil nascidos vivos), com a de 2015 (55,44/100 mil nascidos vivos), nota-se o decréscimo de 50,78% da população acometida. Conclusões: O estudo sugere o efeito protetor da vacina dTpa gestante na prevenção de novas infecções por coqueluche. Destaca-se o aumento dos casos nos anos subsequentes aos que apresentaram queda vacinal e a redução na incidência da enfermidade no ano posterior à instituição da vacinação. Ainda que a doença esteja em declínio, é fundamental ratificar a importância do imunizante.
Palavras-chave Coqueluche, incidência, dTpa gestante
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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