| ISSN | 2237-9045 |
|---|---|
| Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
| Nível | Graduação |
| Modalidade | Pesquisa |
| Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
| Área temática | Dimensões Sociais: ODS10 |
| Setor | Departamento de Ciências Sociais |
| Bolsa | Ações Afirmativas/CNPq |
| Conclusão de bolsa | Não |
| Primeiro autor | Êmyle Prata Lopes Santos |
| Orientador | VICTOR LUIZ ALVES MOURAO |
| Outros membros | Juliana Loureiro de Almeida Campos, MARIA ALICE FERNANDES CORREA MENDONCA |
| Título | Projeto: Memória Ancestral Viva: Uma análise etnobotânica das praticas ritualísticas na umbanda em viçosa-MG. |
| Resumo | INTRODUÇÃO Diversos aspectos da cultura africana em nosso país foram historicamente distorcidos, apropriados ou apagados por um violento totalitarismo epistemológico. Nesse contexto, comunidades africanas foram obrigadas a camuflar suas práticas religiosas com o uso das imagens de santos católicos para poderem proferir sua fé através do sincretismo religioso. Mesmo diante das condições extremas do sistema escravocrata, houve uma resistência cultural e religiosa que prevaleceu no contexto brasileiro, que manteve o saber ancestral das plantas sagradas que são utilizadas para diversas finalidades terapêuticas e que são cruciais para diversos processos de cura dentro do terreiro (Prandi, 2001). OBJETIVO GERAL Identificar e registrar as práticas ritualísticas desenvolvidas com as plantas em terreiro de umbanda em Viçosa, MG. METODOLOGIA A pesquisa qualitativa busca compreender o uso ritual das plantas em dois terreiros de umbanda em Viçosa, sendo Terreiro I em uma área rururbana — zona que integra características rurais e urbanas, com maior acesso à vegetação e espaço para cultivo, enquanto o Terreiro II em área urbana periférica. Utiliza entrevistas semi-estruturadas com lideranças religiosas para levantamento das espécies mais utilizadas, além da observação participante e do conceito de escrevivência (Evaristo, 2020), compreendida como escrita que parte das vivências, individuais ou coletivas, de sujeitos negros. RESULTADOS A pesquisa ainda em andamento, já revela dados relevantes. Até o momento, foram registradas uma diversidade significativa de espécies vegetais nos dois terreiros entrevistados. No terreiro localizado em área rururbana, identificou-se uma maior diversidade de plantas em comparação com da área urbana. Segundo as lideranças dos terreiros, as plantas estão associadas a algum Orixá ou entidades religiosas. Observou-se uma pluralidade de usos ligados às plantas, como oferendas, passes, assentamentos, banhos, varrimentos, sacudimentos, bate folha, defumações, amaci, ébos e chás. CONCLUSÃO A pesquisa se dedica a registrar e valorizar o uso ritualístico das plantas nos terreiros de umbanda em Viçosa, evidenciando a importância desse saber ancestral como herança cultural viva das religiões afro-brasileiras. Ao documentar essas práticas, contribui para o reconhecimento e valorização das comunidades tradicionais religiosas e de seus conhecimentos terapêuticos. REFERÊNCIAS EVARISTO, Conceição et al. A escrevivência e seus subtextos. Escrevivência: a escrita de nós: reflexões sobre a obra de Conceição Evaristo, v. 1, p. 26-46, 2020. MARTINS, Leda Maria. Afrografias da memória: o Reinado do Rosário no Jatobá. Editora Perspectiva S/A, 2021. CROSARA, Karine. Entre o campo e a cidade: as áreas rururbanas. Crosara Advogados, 04 mar. 2022. Disponível em: https://www.crosara.adv.br/2022/03/04/entre-o-campo-e-a-cidade-as-areas-rururbanas/. Acesso em: 11 jul. 2025. |
| Palavras-chave | Religião, Ancestralidade, Plantas |
| Forma de apresentação..... | Painel |
| Link para apresentação | Painel |
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