Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21756

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Dimensões Sociais: ODS10
Setor Departamento de Ciências Sociais
Bolsa Ações Afirmativas/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Êmyle Prata Lopes Santos
Orientador VICTOR LUIZ ALVES MOURAO
Outros membros Juliana Loureiro de Almeida Campos, MARIA ALICE FERNANDES CORREA MENDONCA
Título Projeto: Memória Ancestral Viva: Uma análise etnobotânica das praticas ritualísticas na umbanda em viçosa-MG.
Resumo INTRODUÇÃO
Diversos aspectos da cultura africana em nosso país foram historicamente distorcidos, apropriados ou apagados por um violento totalitarismo epistemológico. Nesse contexto, comunidades africanas foram obrigadas a camuflar suas práticas religiosas com o uso das imagens de santos católicos para poderem proferir sua fé através do sincretismo religioso. Mesmo diante das condições extremas do sistema escravocrata, houve uma resistência cultural e religiosa que prevaleceu no contexto brasileiro, que manteve o saber ancestral das plantas sagradas que são utilizadas para diversas finalidades terapêuticas e que são cruciais para diversos processos de cura dentro do terreiro (Prandi, 2001).
OBJETIVO GERAL
Identificar e registrar as práticas ritualísticas desenvolvidas com as plantas em terreiro de umbanda em Viçosa, MG.
METODOLOGIA
A pesquisa qualitativa busca compreender o uso ritual das plantas em dois terreiros de umbanda em Viçosa, sendo Terreiro I em uma área rururbana — zona que integra características rurais e urbanas, com maior acesso à vegetação e espaço para cultivo, enquanto o Terreiro II em área urbana periférica. Utiliza entrevistas semi-estruturadas com lideranças religiosas para levantamento das espécies mais utilizadas, além da observação participante e do conceito de escrevivência (Evaristo, 2020), compreendida como escrita que parte das vivências, individuais ou coletivas, de sujeitos negros.
RESULTADOS
A pesquisa ainda em andamento, já revela dados relevantes. Até o momento, foram registradas uma diversidade significativa de espécies vegetais nos dois terreiros entrevistados. No terreiro localizado em área rururbana, identificou-se uma maior diversidade de plantas em comparação com da área urbana. Segundo as lideranças dos terreiros, as plantas estão associadas a algum Orixá ou entidades religiosas. Observou-se uma pluralidade de usos ligados às plantas, como oferendas, passes, assentamentos, banhos, varrimentos, sacudimentos, bate folha, defumações, amaci, ébos e chás.
CONCLUSÃO
A pesquisa se dedica a registrar e valorizar o uso ritualístico das plantas nos terreiros de umbanda em Viçosa, evidenciando a importância desse saber ancestral como herança cultural viva das religiões afro-brasileiras. Ao documentar essas práticas, contribui para o reconhecimento e valorização das comunidades tradicionais religiosas e de seus conhecimentos terapêuticos.
REFERÊNCIAS
EVARISTO, Conceição et al. A escrevivência e seus subtextos. Escrevivência: a escrita de nós: reflexões sobre a obra de Conceição Evaristo, v. 1, p. 26-46, 2020.
MARTINS, Leda Maria. Afrografias da memória: o Reinado do Rosário no Jatobá. Editora Perspectiva S/A, 2021.
CROSARA, Karine. Entre o campo e a cidade: as áreas rururbanas. Crosara Advogados, 04 mar. 2022. Disponível em: https://www.crosara.adv.br/2022/03/04/entre-o-campo-e-a-cidade-as-areas-rururbanas/. Acesso em: 11 jul. 2025.
Palavras-chave Religião, Ancestralidade, Plantas
Forma de apresentação..... Painel
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