Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável
20 a 25 de outubro de 2025
Trabalho 21747
| ISSN | 2237-9045 |
|---|---|
| Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
| Nível | Pós-graduação |
| Modalidade | Pesquisa |
| Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
| Área temática | Dimensões Econômicas: ODS11 |
| Setor | Departamento de Arquitetura e Urbanismo |
| Bolsa | CAPES |
| Conclusão de bolsa | Não |
| Apoio financeiro | CAPES |
| Primeiro autor | Cainã Cindra Castro |
| Orientador | TERESA CRISTINA DE ALMEIDA FARIA |
| Outros membros | DAYANA DEBOSSAN COELHO |
| Título | PRÁTICAS ESPACIAIS E DINÂMICA FUNDIÁRIA DE AGENTES IMOBILIÁRIOS EM VIÇOSA/MG: o cenário do Programa Minha Casa, Minha Vida (2009-2024) |
| Resumo | A trajetória do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (PMCMV) evidencia as dinâmicas territoriais do setor imobiliário, o qual mobiliza uma conjuntura socioespacial por meio da estrutura fundiária e da reprodução do capital. Compreender a implementação do programa, a partir de conceitos e categorias geográficas, e as estratégias dos agentes ampliam a análise de produção do espaço urbano. Esta pesquisa busca refletir a importância da estrutura do PMCMV na provisão habitacional no município de Viçosa (MG), a partir das relações socioespaciais empregadas pelo setor da construção/incorporação e a Caixa Econômica Federal – agente do financiamento produtivo e de consumo. A metodologia se estrutura em três frentes: entrevistas semiestruturadas, análise documental e dados quantitativos. As entrevistas qualificam, por meio do trabalho de campo, as práticas espaciais do agente construtor/incorporador e da Gerência de Habitação Regional da Caixa Econômica Federal. Já na análise documental foram consultados leis, decretos e portarias do programa. Para interpretar as informações utilizou-se a análise de conteúdo, permitindo a correlação entre as variáveis geradas. Os dados quantitativos triangulam com os qualitativos e incluem informações do MAPBIOMAS (Coleção 9.0), dos Censos Demográficos de 2000, 2010 e 2022 (demografia, renda, estabelecimentos, tipologia habitacional) e do Cadastro Central de Empresas sobre o setor imobiliário (estabelecimentos, renda e organização). Os dados preliminares indicam que, após a liberação de recursos do PMCMV, o setor da construção civil local se dinamizou: a média de 67 estabelecimentos (2003-2009) passou para 140 (2009-2015), e a média salarial saltou de R$ 3.139,75 para R$ 14.722,86. Em termos territoriais, Viçosa (MG) teve uma expansão urbanizada média de 43% (1985-2000) e retração de 21% (2000-2015), com um pico em 2009 influenciado pelo programa. Quanto à estrutura de provisão habitacional, as entrevistas qualificam a ação da Caixa Econômica Federal no mercado imobiliário por meio de estratégias de comercialização, taxas de juros e no uso de dados de financiamento para estudos urbanos. Já para as construtoras ficou evidente as necessidades espaciais para a performance do setor através de características urbanas de Viçosa (MG), assim como estratégias de mercado, e como o PMCMV influencia na estrutura e organização da empresa da construção civil, gerando uma perspectiva de futuro de implementação do programa habitacional. Portanto, como conclusão prévia, aponta-se que o PMCMV impactou significativamente a dinâmica imobiliária local, ao articular agentes financeiros e produtivos com efeitos concretos no território e na estrutura do mercado. Ainda em fase de consolidação, os resultados sugerem que o programa não apenas impulsionou o setor, mas também reconfigurou práticas e relações espaciais, evidenciando a necessidade de políticas públicas articuladas ao planejamento urbano e ao acesso à moradia em cidades médias. |
| Palavras-chave | habitação, agentes_imobiliários, práticas_espaciais |
| Forma de apresentação..... | Painel |
| Link para apresentação | Painel |
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