| Resumo |
Considerando a necessidade de prolongar o tempo de permanência das mudas de macaúba em viveiro sem comprometer a qualidade e o potencial produtivo, ações mitigatórias que possibilitem o controle do crescimento das mudas tornam-se estratégicas. Nesse contexto, o uso do paclobutrazol (PBZ), inibidor da biossíntese de giberelina, pode ser uma alternativa eficiente para reduzir o tamanho das mudas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de doses de PBZ no crescimento de mudas de macaúba na fase de viveiro. Sementes de macaúba foram beneficiadas e submetidas ao protocolo de quebra de dormência específico para a espécie. Após a germinação, as sementes pré-germinadas foram transplantadas para tubetes de 180 cm³, permanecendo por aproximadamente 90 dias em pré-viveiro. Posteriormente, as plântulas foram transplantadas para sacolas plásticas de aproximadamente 6 L e, um mês após o transplantio, foram aplicadas quatro doses de PBZ, sendo elas: 25, 50, 100 e 200 mg L⁻¹. O produto comercial utilizado foi o Cultar® 250 SC. No tratamento controle não houve adição de PBZ. A altura das mudas foi avaliada dois e quatro meses após a aplicação de PBZ. O delineamento experimental adotado foi o de inteiramente casualizado, com cinco tratamentos e 40 repetições, totalizando 200 plantas, sendo uma muda por parcela. A aplicação de PBZ proporcionou redução significativa na altura das mudas em relação ao controle. Na primeira avaliação, as mudas do tratamento controle apresentaram altura média de 51,55 cm, enquanto aquelas tratadas com as maiores doses de PBZ (100 e 200 mg L⁻¹) registraram médias significativamente menores, variando de 33,21 a 34,21 cm. Esse padrão se manteve na segunda avaliação, com o controle atingindo 55,99 cm e as mudas tratadas com 100 e 200 mg L⁻¹ apresentando alturas 36% e 33,64% menores, em relação ao tratamento controle. No entanto, observou-se que a dose máxima promoveu encarquilhamento das folhas, sugerindo sintomas de fitotoxicidade ou estresse, possivelmente indicativos de intoxicação pelo excesso de PBZ. Assim, embora a dosagem de 200 mg L⁻¹ tenha produzido as mudas mais baixas, essa condição veio acompanhada de efeitos colaterais negativos, comprometendo a qualidade fisiológica e o padrão visual das mudas, fatores críticos para o sucesso no plantio e desenvolvimento em campo. Conclui-se que as concentrações até 100 mg L⁻¹ induziram a redução do tamanho das mudas sem comprometer o aspecto visual da parte aérea das mudas. Contudo, novas análises são necessárias para determinar o vigor e compreender as alterações morfofisiológicas promovidas pelas aplicação de PBZ em mudas de macaúba. |