Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21742

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS2
Setor Departamento de Biologia Vegetal
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Líllian da Silva Feliciano
Orientador EDGARD AUGUSTO DE TOLEDO PICOLI
Outros membros CARLOS EDUARDO MAGALHAES DOS SANTOS, Gian Carlos Gonçalves, Maria Eduarda Vieira de Arruda Venâncio, Thayssa Duarte Natalio
Título Diferenças morfoanatômicas do androginóforo de Passiflora edulis Sims e P. mucronata Lam
Resumo Passiflora é um gênero com grande variedade de espécies e, dentre elas, Passiflora edulis Sims e P. mucronata Lam. A interação com diferentes polinizadores contribui para a diversidade floral em Passiflora e o androginóforo que sustenta os órgãos reprodutivos, contribui para a forma exótica às flores, e pode ser associado à interação com os agentes polinizadores. Este trabalho teve como objetivo caracterizar a morfologia e anatomia do androginóforo em P. edulis e P. mucronata. Coletou-se três amostras de botões florais de cada espécie no período de pré-antese. O material foi fixado em FAA 50%, desidratado em série etílica e incluído em resina. Cortes transversais e longitudinais foram obtidos utilizando micrótomo (modelo RM2155, Leica Microsystems Inc). As seções foram coradas usando azul de toluidina (pH 4,0), montadas em Permount® e as imagens obtidas utilizando fotomicroscópio (AX70 TRF, Olympus Optical, Japão - sistema de captura de imagem Axio Cam, Zeiss). Utilizando o software ImageJ, realizou-se a medição de 40 células do parênquima medular de cada repetição. Os dados foram submetidos à ANOVA e as médias foram comparadas pelo Teste de Tukey em nível de 5% de significância, com o programa SISVAR. Ambas espécies apresentaram epiderme uniestratificada, abaixo do qual é observado um tecido parenquimático, formado por células de parede finas e vacuoladas. Em seguida, são observados cinco feixes vasculares relacionados ao androceu da flor, com células do xilema ao centro e rodeadas de células do floema, em constante divisão celular. Mais ao centro, forma-se o feixe vascular relacionado ao gineceu, o qual apresenta-se em um círculo contínuo e, ao centro, o tecido parenquimático ocupando a região da medula. Os feixes vasculares apresentam a mesma organização para ambas as espécies. Diferenças morfoanatômicas no androginóforo foram observadas. Tricomas tectores pluricelulares foram observados em P. mucronata e ausentes em P. edulis. Destaca-se o tamanho do androginóforo favorece o agente polinizador de cada espécie: P. mucronata polinizada por espécies de morcego como o morcego-beija-flor (Glossophaga soricina) e P. edulis por espécies de abelha Mamangava-de-toco (Xylocopa-frontalis). O tamanho das células parenquimáticas da medula apresentou diferença estatística significativa, média de 73,26 µm em P. edulis e 131,99 µm em P. mucronata. A histometria dos demais tecidos do androginóforo está em andamento visando possíveis relações da estrutura anatômica com a função do androginóforo e seu papel na atração de polinizadores. Estruturas anatomicamente semelhantes podem apresentar variações morfológicas adaptativas devido a pressões seletivas, como o tamanho dos polinizadores e fatores ambientais e outros (ex.: fotoperíodo e atividade do agente polinizador), que podem ter papel no desenvolvimento floral e no isolamento reprodutivo das espécies de Passiflora.
Palavras-chave Androginóforo, órgão reprodutivo, botão floral e anatomia
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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