Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21739

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Dimensões Ambientais: ODS12
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Andressa Cerdeira Rocha
Orientador ANA MARCIA MACEDO LADEIRA CARVALHO
Outros membros Amanda Ladeira Carvalho, Davi Souza Vieira, Isabelle Genova, Saulo Affonso Hygino
Título Composição físico-química e estrutura morfológica do estipe de macaúba (//Acrocomia aculeata//)
Resumo A macaúba (//Acrocomia aculeata) é uma palmeira que está conquistando um papel importante para o agronegócio brasileiro devido ao seu potencial de produção de óleos para diversas aplicações. Nesse contexto, para que a produção seja ainda mais sustentável, é fundamental o aproveitamento completo da planta, inclusive do estipe. O estipe está associado apenas ao fim do ciclo produtivo, ou seja, não é gerado continuamente. Porém, caso ocorra uma renovação dos cultivos, será capaz de apresentar um volume significativo de biomassa. Diante disso, este estudo teve como objetivo analisar morfologicamente as fibras e as propriedades físico-químicas do estipe da macaúba e avaliar seu potencial energético. Foram selecionadas duas palmeiras de Acrocomia aculeata// com 16 anos de idade, oriundas de plantio experimental da empresa S.OLEUM, em Viçosa-MG. Discos do estipe foram utilizados para análise de densidade aparente e teor de umidade, enquanto serragens (fração 40–60 mesh) foram usadas para determinar materiais voláteis, carbono fixo, cinzas, extrativos, ligninas e poder calorífico superior (PCS), conforme normas técnicas. A morfologia das fibras foi avaliada com o analisador VALMET FS5, após preparo químico do macerado, analisando comprimento, largura, espessura da parede celular, diâmetro do lume e fração parede. Os resultados obtidos indicaram uma densidade aparente de 582 Kg/m³,o que implica em maior resistência térmica do material. O teor de materiais voláteis foi elevado, com valor de 76,4% favorecendo a combustão por sua volatilização durante os processos térmicos. O carbono fixo apresentou um valor de 22,1%, que pode ser aumentado por meio da pirólise, potencializando o poder calorífico. O teor de cinzas é de 1,5% o que contribui para a redução de problemas operacionais. Os teores de lignina total de 29,8%, com destaque para a fração insolúvel de 28,1% representando maior estabilidade térmica e favorecendo aplicações energéticas. Por fim, o poder calorífico superior em 19,1 MJ/kg confirmando o potencial energético do estipe. Na caracterização morfológica foram observadas fibras moderadamente longas com comprimento de 2,84 mm, largura de 29,16 mm, espessura de parede de 7,06 µm e um diâmetro do lúmen de 15,04 µm. A partir disso, é possível observar que essas características são compatíveis com fibras de monocotiledôneas, indicando heterogeneidade da estrutura anatômica do estipe. Sendo assim, os resultados observados neste estudo revelam que o estipe da macaúba possui propriedades físico-químicas e morfológicas que a avalia como um coproduto com potencial energético. Assim fornecendo uma destinação estratégica e sustentável para o uso completo da planta, minimizando impactos ambientais e maximizando o aproveitamento de recursos.
Palavras-chave Potencial energético, sustentabilidade, química verde
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
Gerado em 0,66 segundos.