| Resumo |
Este artigo explora o papel das empresas juniores da Universidade Federal de Viçosa (UFV) na construção de uma comunidade de inovação e empreendedorismo, destacando a sua história, suas práticas, desafios e impactos no desenvolvimento tecnológico. Com base em uma análise qualitativa, examinam-se o portfólio de serviços, os mecanismos de gestão, colaboração interinstitucional, o papel das empresas juniores da UFV na formação de futuros empreendedores, suas forças, debilidades, fortalezas e ameaças. Os resultados apontam que a UFV foi a primeira no Brasil a criar, em 1998, um órgão representativo das empresas juniores, hoje conhecido como Centro de Empresas Juniores, que posteriormente foi integrado ao Parque Tecnológico de Viçosa. Esse centro tem potencializado o acesso das empresas juniores da UFV ao ecossistema de inovação, fomentando a colaboração. Esse desenvolvimento fortalece a comunidade de inovação e a cultura de empreendedorismo, beneficiando tanto os participantes do movimento júnior quanto os stakeholders do ecossistema de inovação de Viçosa, organizado como TecnoParq. A análise SWOT das Empresas Juniores (EJs) da UFV indica um ambiente favorável para seu crescimento no ecossistema de inovação. As forças incluem o rápido desenvolvimento, a alta qualificação dos estudantes e o acesso a especialistas, enquanto a participação no TecnoParq e Centev oferece valiosas oportunidades de networking e aprendizado. As EJs têm acesso à vanguarda das inovações, o que fortalece seu papel no empreendedorismo e na inovação tecnológica local. Para maximizar essas oportunidades, é crucial que as EJs aprimorem suas estratégias de integração e adaptem-se às mudanças do mercado, garantindo seu sucesso e sustentabilidade a longo prazo. As análises de portfólio somadas à análise SWOT realizada no artigo, apontam que permanecem como desafios a necessidade de maior troca e colaboração das empresas juniores com as empresas incubadas, uma vez que a principal ameaça é que a maioria das soluções ofertadas pelas EJ’s são convencionais e não de base tecnológica, sendo também a área de tecnologia de informação a área com menor representação no movimento júnior da UFV. |