Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21737

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG, FUNARBE
Primeiro autor Larissa Berdine Gomes de Jesus
Orientador ALEX PAUVOLID CORREA
Outros membros Fernanda Carlini Cunha dos Santos, JOSE DANTAS RIBEIRO FILHO, Miriã Rodrigues Calixto dos Santos, Ramayana Menezes Braga
Título Investigação preliminar da exposição a arbovírus zoonóticos em cavalos lavradeiros no estado de Roraima, Brasil
Resumo O Brasil tem o quarto maior rebanho de cavalos do mundo, superando 5 milhões de cabeças, destacando-se também pela diversidade genética de populações adaptadas a diferentes biomas. No estado de Roraima, o cerrado conhecido como Lavrado cobre aproximadamente 45% do território do estado. Neste bioma se encontra o cavalo lavradeiro, uma raça local não oficializada, reconhecida por sua rusticidade, resistência e adaptação às condições adversas da região. Estes animais são considerados descendentes diretos de equinos introduzidos pelos colonizadores no século XVIII e formam populações geneticamente únicas, hoje ameaçadas pela redução de áreas nativas e crescente mestiçagem. Recentemente, áreas que pertenciam a antigas fazendas foram demarcadas como territórios indígenas, e as populações originárias deram continuidade às atividades desenvolvidas no local, utilizando esses animais tanto na lida quanto no deslocamento. Assim, esses animais permanecem integrados à cultura local. Pela sua rusticidade, além do relevante papel econômico, os cavalos lavradeiros também são marcadores da circulação de vírus de potencial impacto para sanidade animal e também saúde humana. Entre esses vírus, circulam no Brasil os arbovírus Orthoflavivirus ilheusense (ILHV), Orthoflavivirus nilense (WNV) e Orthoflavivirus louisense (SLEV). O presente trabalho teve como objetivo investigar a exposição de 109 cavalos lavradeiros a ILHV, WNV e SLEV. Os animais não tinham histórico vacinal para encefalites equinas ou deslocamento para outras regiões do país. O ensaio sorológico foi realizado por teste de neutralização por redução de placas (PRNT90). Resultados preliminares indicam que 17 (15,59%) animais apresentaram anticorpos neutralizantes para ILHV, quatro (3,67%) para WNV — sendo três delas também positivas para ILHV — e 28 (25,68%) para SLEV, com sobreposição parcial dos resultados entre os dois últimos vírus (32,14%). Todas as amostras suspeitas serão submetidas a um novo PRNT90 para confirmar os resultados. O monitoramento sorológico para exposição a arbovírus do cavalo lavradeiro é um auxílio valioso para vigilância ativa de arbovírus de importância médica e veterinária no país e busca contribuir para a preservação desta raça local em risco de extinção e de grande importância cultural e econômica, principalmente em territórios indígenas e povos originários no estado de Roraima.
Palavras-chave Raças locais brasileiras, Povos indígenas, Reservatórios sentinelas
Forma de apresentação..... Vídeo
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