Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21735

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Ensino médio
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Dimensões Sociais: ODS4
Setor Colégio de Aplicação - Coluni
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor LAÍS DUARTE BATISTA LACERDA
Orientador FABIO LUIZ RIGUEIRA SIMAO
Outros membros Webster Samuel Soares Rodrigues
Título Primo Levi, memória e testemunho: um estudo psicossocial sobre a relação opressor-oprimido.
Resumo Define-se como regime autoritário todo aquele que se sustenta pela força. No mundo contemporâneo, tais regimes associam-se frequentemente a relações corporativistas com a sociedade civil, elegendo um inimigo comum — comum à nação, ao povo e ao corpo social. Nesse contexto, emergem os totalitarismos do século XX, com destaque para o nazismo alemão e o fascismo italiano. Primo Levi, químico italiano preso em 1944 e levado a Auschwitz, escreveu três grandes obras, das quais duas são analisadas neste trabalho: Se isto é um homem? e Os afogados e os sobreviventes. Sobrevivente do extermínio, Levi deixou uma contribuição singular à cultura política e histórica ao relatar, de forma sensível e profunda, a experiência concentracionária e seus efeitos sobre a alma humana. O objetivo deste trabalho é compreender as noções de homem, tempo e memória desenvolvidas por Levi, em sua tentativa de refletir sobre a vida nos campos de concentração. A obra de Levi é fundamental para entendermos o passado e pensarmos o presente. Como produto final, propomos a criação de um material paradidático voltado ao ensino médio, com o intuito de divulgar a obra e vida de Levi, além de fomentar o pensamento crítico sobre um tema essencial à memória histórica e às tensões sociais contemporâneas. O trabalho se estrutura em dois eixos: análise crítica das obras Se isto é um homem (1947) e Os afogados e os sobreviventes (1986), e revisão bibliográfica de textos teóricos como A Sedução Totalitária, de Contardo Calligaris, e Educação após Auschwitz, de Theodor Adorno. A partir desses autores, destacam-se conceitos como totalitarismo, campo de extermínio, oprimido, opressor e técnica, utilizados como chaves de leitura para articular o testemunho de Levi ao campo das ciências humanas e sociais. Além da memória, investigamos a presença de uma teoria do homem e da história na obra de Levi. Seu texto, marcado pela dor do sobrevivente, aborda de forma única a banalização da vida e da dignidade humana. Estudar esse tema provoca uma reflexão mais ampla sobre a condição humana e a experiência do homem nos campos. A obra de Levi é um convite a pensar a civilização, a cultura, a natureza e a humanidade em sua complexidade. Ter sobrevivido a Auschwitz levou Levi a afirmar: “nenhuma experiência humana é vazia de conteúdo… todas merecem ser analisadas”. Por fim, a obra nos provoca a refletir: que forças sociais, políticas e históricas geraram Auschwitz? A conclusão é clara: Auschwitz não é apenas um fato histórico, mas um fenômeno que se repete em escalas menores, desumanizando pessoas a ponto de nos fazer perguntar, com Levi: “Isto é um homem?”.
Palavras-chave Testemunho, Memória, Autoritarismo.
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
Gerado em 0,64 segundos.