Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21719

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Departamento de Educação Física
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Gustavo Maciel da Silva
Orientador EVELINE TORRES PEREIRA
Outros membros Bruna Melo Silva
Título Efeitos de uma intervenção com Jogos e Brincadeiras no comportamento de uma criança com TEA e suspeita de altas habilidades: Um relato de experiência.
Resumo O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento, cujo diagnóstico é fundamentado nos critérios estabelecidos pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5). Entre os principais parâmetros diagnósticos, para este estudo destaca-se os déficits comportamentais. Além disso, a Altas Habilidade e Superdotação (AH/SD) refere-se a habilidades e comportamentos que ocorrem com frequência e estão acima da média da população. O objetivo deste relato de experiência foi analisar os progressos comportamentais de um aluno de 8 anos com diagnóstico de TEA e suspeita de AH/SD, participante de intervenções motoras norteadas pela modalidade de Jogos e Brincadeiras planejadas, desenvolvidas no contexto do Laboratório de Estudos em Práticas Corporais Inclusivas (LEP) da Universidade Federal de Viçosa (UFV). As intervenções ocorreram semanalmente, por sete meses e vinte e seis dias, totalizando 36 sessões, cada uma composta por quatro atividades principais. A análise considerou relatórios de evolução, observações sistemáticas do professor, diálogo constante com a família e anamnese detalhada do aluno. Nas primeiras intervenções, o aluno apresentava dificuldades relacionadas à atenção, concentração, resistência a mudanças de tarefas, inibição de comportamentos impulsivos, dificuldade para ignorar elementos distratores do ambiente, baixa tolerância a frustrações e dificuldade em tarefas que envolviam trocas turnos. Para trabalhar estes comportamentos, foram empregadas estratégias baseadas na previsibilidade, rotina, uso de combinados (regras), aplicação de reforços positivos e negativos, organização do ambiente com redução de estímulos distratores, demonstrações práticas e comunicação alternativa, como intervenções conduzidas sem comandos verbais diretos. Como resultados, observou-se melhora na atenção, controle inibitório, diminuição de respostas impulsivas do aluno e na habilidade de aguardar turnos durante as atividades propostas. Ele passou a ouvir e compreender melhor as instruções, seguir orientações com mais consistência, aceitar mudanças de tarefas com menor resistência e demonstrar maior engajamento e participação ativa nos jogos. Dentre as estratégias utilizadas, destacaram-se como mais eficazes os combinados, a constância na aplicação da rotina, o reforçamento de comportamentos adequados e o uso de comunicação não verbal. Conclui-se que estas intervenções estruturadas baseadas no “brincar”, mediadas com intencionalidade e aplicadas de maneira constante, contribuíram de forma significativa para o desenvolvimento comportamental do aluno, fortalecendo aspectos como autocontrole, organização, aceitação e melhor entendimento de regras sociais e engajamento, evidenciando a relevância da atuação planejada do profissional de Educação Física no processo do desenvolvimento integral de crianças com TEA.
Palavras-chave Transtorno do Espectro Autista (TEA), Jogos e Brincadeiras, Desenvolvimento Comportamental.
Forma de apresentação..... Painel
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