| Resumo |
O projeto de extensão em questão é decorrente de ações colocadas em prática desde março de 2025, através do Programa Institucional de Bolsas de Extensão (PIBEX). Surgiu a partir da organização do evento Mostra de Arte Preta (MAP), idealizada por João Petronilio, ex-aluno do curso de Dança, em 2016 e mantida por estudantes do mesmo curso da UFV até o presente momento, abrindo espaço para o protagonismo de artistas negros na exposição de suas artes. Hoje, para além da produção da Mostra, busca-se expandir as possibilidades para o combate ao racismo através de ações itinerantes em escolas públicas e/ou ONGs com o oferecimento de oficinas, apresentações artísticas e rodas de conversa além da troca de experiências em arte com artistas, estudantes da universidade e pessoas da comunidade de Viçosa que podem ser realizadas nas dependências do Departamento de Artes e Humanidades (DAH) e/ou outros espaços da UFV. Por meio de metodologias participativas, estas ações têm por objetivo e ação extensionista a promoção de momentos de apreciação, fruição estética e debate a partir de apresentações artísticas de dança, performances e/ou outras linguagens artísticas tais como poesia, artes visuais, teatro e música, intrinsecamente relacionados à temática da potencialização da identidade negra. Dos resultados parciais alcançados, destacam-se a realização de uma MAP itinerante com apresentação artística e oficina voltada para crianças e adolescentes em uma escola de educação básica e pública; a promoção de debates e discussões antirracistas entre o meio acadêmico e a comunidade viçosense; a organização de um mini-curso de formação em políticas públicas voltadas para artistas negros com convidado especialista na área; e, a colaboração com a produção do show cultural Samba Chula Filhos de Oyó, relacionado à cultura negra. Entende-se que, assim, foi possível a promoção de uma conexão entre ensino, pesquisa e extensão permitindo à equipe um mapeando de artistas negros atuantes em Viçosa e região no intuito de dar-lhes maior visibilidade e convidá-los a participar dos eventos e ações provenientes deste projeto. São ações resultam na percepção social, apreciação cultural e valorização da cultura decolonial diante dos temas abordados durante as propostas, tais como: políticas públicas para a arte e população negra, racismo e a educação antirracista nas escolas, arte protagonizada por corpos negros. Observa-se que, ao longo do tempo em que houve atuação da MAP, abriu-se mais espaço para a promoção de debates sobre a cultura antirracista no meio escolar e acadêmico, reverberando assim, no social. |