Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21683

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Dimensões Ambientais: ODS15
Setor Departamento de Solos
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Pedro Esdras Barros Wanderley Carvalho
Orientador IVO RIBEIRO DA SILVA
Outros membros Júlia Mont'Alverne Martins, Maria Carolina da Silva Vieira, Matheus Andrade Ferreira, RAFAEL DA SILVA TEIXEIRA
Título Reagregação de Tecno-solo construído com subproduto do beneficiamento da bauxita e condicionado com adubação orgânica e com plantas de cobertura
Resumo Após a mineração de bauxita, as alterações nas características físicas do solo, especialmente em sua estrutura, representam desafios para a recuperação dessas áreas como ambientes agrícolas produtivos. Uma alternativa para a recuperação de áreas mineradas é a construção de Tecno-solos utilizando o subproduto do beneficiamento da bauxita. No entanto, a estrutura do solo após sua construção ainda é bastante deficiente. Com o objetivo de melhorar essa estrutura, o presente estudo avaliou o condicionamento do Tecno-solo por meio do uso de plantas de cobertura e adubação orgânica, visando à melhoria da estabilidade dos agregados. O experimento foi realizado em casa de vegetação na Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Viçosa/MG, entre janeiro e dezembro de 2020. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, em arranjo fatorial 2 × 3, com quatro repetições, totalizando 24 unidades experimentais. Os fatores avaliados foram: adubação orgânica: (i) sem adubação e (ii) com adubação - torta de filtro (30%) + carvão vegetal (20%) + cama de aviário (50%), e plantas de cobertura: (i) sem planta de cobertura, (ii) gramínea - braquiária (Urochloa brizantha), e (iii) leguminosa - feijão guandu (Cajanus cajan). As plantas de cobertura foram cultivadas por 275 dias e, posteriormente, dessecadas com herbicida. A estabilidade de agregados foi determinada por via úmida, utilizando um agitador tipo Yoder. Os agregados foram classificados conforme o diâmetro em: macroagregados (> 2,00 mm), mesoagregados (2,00 a 0,25 mm) e microagregados (0,25 a 0,10 mm), sendo a fração inferior a 0,10 mm calculada por diferença. Com base na proporção de cada classe, foram calculados o diâmetro médio geométrico (DMG) e o diâmetro médio ponderado (DMP). Os resultados indicaram diferenças significativas nos valores de DMG e DMP em função da adubação orgânica e do uso de plantas de cobertura, evidenciando influência direta na estabilidade dos agregados. O feijão guandu destacou-se entre as espécies avaliadas por promover os maiores valores de DMG e DMP, tanto na presença quanto na ausência de adubação orgânica. Observou-se, ainda, que a adubação orgânica teve efeito negativo sobre o crescimento do feijão guandu, enquanto promoveu resposta positiva da braquiária. Conclui-se, portanto, que o feijão guandu apresenta maior potencial para a melhoria da estabilidade de agregados em Tecno-solos recém-construídos, e que, para essa espécie, a adubação orgânica não se mostrou necessária, possivelmente devido à sua capacidade de fixação biológica de N2 atmosférico.
Palavras-chave recuperação de áreas mineradas, produção sustentável, estabilidade de agregados.
Forma de apresentação..... Painel
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