Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21666

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Dimensões Ambientais: ODS12
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG, Outros
Primeiro autor Pedro Henrique Queiroz Lopes
Orientador MARCELO COUTINHO PICANCO
Outros membros Alice Barbutti Barreto, Bianca Sabina Olmedo Monteiro Ferreira, ERALDO RODRIGUES DE LIMA, Leandro Freitas Pereira
Título Toxicidade de óleo essencial de jambu à broca do café
Resumo O café (Coffea spp.) é uma das bebidas mais consumidas no mundo. Seu cultivo gera
renda e distribui riqueza nas regiões onde ele é cultivado. O Brasil é o maior produtor
mundial de café. A broca-do-café Hypothenemus hampei (Coleoptera: Curculionidae:
Scolytinae) é uma das principais pragas dessa cultura broqueando suas sementes. O
controle desta praga é realizado com aplicações de inseticidas organossintéticos. O seu
uso onera o custo de produção, pode causar impacto ambiental e o seu uso contínuo
pode selecionar populações de pragas resistentes a eles. Uma alternativa é o uso de
bioprodutos botânicos que são biodegradáveis e por terem mecanismos de ação
diferentes podem ser eficientes no controle de populações de pragas resistentes aos
inseticidas organossintéticos. Esses inseticidas naturais podem ser obtidos de óleos
essenciais ou de extratos vegetais e podem ser usados em formulações ou servirem de
modelo para a síntese de inseticidas organossintéticos. A flora brasileira é rica em plantas
com produtos do metabolismo secundário com bioatividade sobre pragas de plantas e de
animais. Até o momento nenhum bioproduto botânico da flora brasileira está registrado
para o controle de pragas nos cultivos. Assim, o objetivo desse trabalho foi determinar a
toxicidade de óleo essencial promissor para ser utilizado no controle da broca-do-café H.
hampei
. Foram realizados dois ensaios. No primeiro foi selecionado óleo essencial
promissor. Já no segundo foi determinada a velocidade de ação do óleo selecionado. Os
ensaios foram conduzidos em laboratório. Os tratamentos foram aplicados topicamente com microseringa e as
doses foram em μL do óleo por mg de peso corporal dos insetos (μL/mg). O primeiro
ensaio foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições.
Os tratamentos foram o controle (acetona) e 30 μL/mg dos óleos de jambu (Acmella
oleracea
) e de carrapicho-de-carneiro (Acanthospermum hispidum). Cada repetição foi
constituída por pote plástico de 250ml com 10 fêmeas adultas de H. hampei. A
mortalidade de H. hampei foi avaliada 48h após a aplicação dos tratamentos. Os dados
de mortalidade foram submetidos a ANOVA e as médias dos tratamentos foram
comparadas pelo teste Tukey a p<0,05. No segundo ensaio a mortalidade do inseto
causada pelo óleo selecionado no ensaio anterior foi avaliada durante 48h. Verificou-se
que o óleo essencial de jambu (70 ± 4,08%) causou a maior mortalidade, o óleo de
carrapicho-de-carneiro (45 ± 2,89%) causou mortalidade intermediária e no controle não
foi observada mortalidade. Já no ensaio de velocidade de ação do óleo selecionado,
verificou-se que o óleo de jambu teve alta velocidade de ação exercendo seu controle em
menos de 24h. Portanto, o óleo essencial de jambu é promissor para ser usado na
elaboração de bioproduto botânico contendo formulação a ser utilizada no controle de H.
hampei
em cultivos de café. Agradecemos ao Consórcio Pesquisa Café pelas bolsas e recursos concedidos.
Palavras-chave Hypothenemus hampei, Acmella oleracea, Bioprodutos
Forma de apresentação..... Vídeo
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