Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21648

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS2
Setor Departamento de Biologia Vegetal
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Isabela Domingues Canêdo
Orientador DIMAS MENDES RIBEIRO
Outros membros Camila Cosenza de Assis, Deisy Johana Cuellar Lopez, Lubia da Silva Teixeira, Thaline Martins Pimenta
Título Desempenho fisiológico e produtivo de feijoeiros Vigna e Phaseolus sob estresse hídrico
Resumo O déficit hídrico é um dos principais estresses abióticos que comprometem o crescimento e a produtividade das plantas em nível mundial. O feijoeiro, em particular, é altamente sensível à seca, o que compromete diretamente seu rendimento. As variáveis fisiológicas e produtivas são indicadores importantes dos efeitos diretos da escassez hídrica. Este trabalho teve como objetivo avaliar parâmetros fisiológicos e produtivos de feijoeiros dos gêneros Vigna e Phaseolus submetidos ao déficit hídrico. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, na Universidade Federal de Viçosa. Utilizaram-se sementes de Phaseolus vulgaris L. e Vigna unguiculata L. As plantas foram irrigadas diariamente até os 30 dias de idade. Após esse período, foi imposto o déficit hídrico pela suspensão da irrigação. Após 7 dias de seca, quando as plantas mostraram sinais de murcha foliar e senescência, foram reidratadas e levadas até o final do ciclo. Durante a seca e após a reidratação, foram avaliadas a taxa de assimilação líquida de carbono (A), condutância estomática (gs), transpiração de planta inteira e respiração no escuro (Rd). Ao final do ciclo, foi avaliado o número e peso de vagens e sementes por planta. Os dados foram submetidos à ANOVA e teste de Scott-Knott (P<0,05), com cinco repetições. A seca levou a uma queda acentuada de A e gs em ambos os gêneros em relação ao controle. Este comportamento reflete uma resposta imediata de fechamento estomático, uma estratégia crucial para limitar perdas de água por transpiração. Com isso, Vigna reduziu a transpiração de forma mais rápida, cessando-a quase completamente no quarto dia, enquanto Phaseolus manteve perdas hídricas até o final da seca. Após a reidratação, Vigna retomou rapidamente a gs e a transpiração. Phaseolus, por outro lado, apresentou recuperação mais lenta, com gs próxima ao controle apenas no quarto dia de reidratação. Quanto a Rd, Vigna apresentou uma redução de 63%, enquanto Phaseolus manteve-se semelhante ao controle. Após a reidratação, o Vigna elevou sua Rd em 35%, enquanto o Phaseolus apresentou uma redução drástica de 87% na Rd. Isso sugere que o Vigna adota uma estratégia de economia metabólica, reduzindo os custos respiratórios para preservar carbono e água durante a seca, ao contrário de Phaseolus, que teve maior comprometimento fotossintético e metabólico, com recuperação mais lenta o que afetou negativamente o rendimento final. Tais diferenças influenciaram diretamente a produtividade. Phaseolus teve quedas significativas no número de vagens (48%), sementes (54%), peso de vagens (55%) e sementes (55%). Entretanto, Vigna manteve sua produtividade praticamente inalterada, com rendimento final semelhante ao controle. Conclui-se que Vigna unguiculata apresenta superioridade adaptativa ao déficit hídrico, demonstrando melhor controle estomático, maior economia e retomada metabólica e estabilidade produtiva sob condições de seca.
Palavras-chave Déficit hídrico, trocas gasosas, produção.
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
Gerado em 0,69 segundos.