Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21634

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Dimensões Ambientais: ODS12
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Letícia Amorim Leite
Orientador MONIQUE RENON ELLER
Outros membros LUIZ MANOEL SILVA DE NORONHA, Marcela Aparecida da Silva Alexandre
Título Adaptação de SCOBY de kombucha visando a produção de vinagre de café
Resumo Após a colheita e durante o processamento dos grãos de café, diversos resíduos são gerados, incluindo as águas de despolpamento e de fermentação, ricas em compostos orgânicos. Para esses subprodutos não há estratégia de reuso, portanto eles são normalmente descartados em sumidouros, lagoas e estradas, o que gera grande impacto ambiental. Baseado nisso, propusemos a utilização das águas residuais do processamento dos grãos de café para produção de vinagre utilizando SCOBY, uma cultura simbiótica de bactérias acéticas e láticas e leveduras, como inóculo para a fermentação acética. Este inóculo foi desenvolvido para bebidas com menores valores de acidez e outra composição de mosto. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da pré-adaptação do inóculo sobre a eficiência fermentativa do SCOBY na produção de vinagre de café. Para isso, utilizou-se água residual da fermentação de café Arábica da região de Rio Claro, Espírito Santo, a qual foi filtrada (28um) à vácuo após descongelamento, para remoção de possíveis resíduos. A ela, foram adicionados álcool de cereais para correção do teor alcoólico inicial para 8% v/v e açúcar mascavo até 15 °Brix. Além disso, também foi adicionado vinagre de arranque para redução do pH (< 4,7) e o SCOBY de kombucha, cobrindo um quinto da superfície do líquido. Duas fermentações acéticas sucessivas, preparadas da mesma forma, foram realizadas, sendo acompanhadas por 21 dias. O SCOBY resultante da primeira fermentação foi utilizado para o segundo processo fermentativo. Ambas as fermentações foram monitoradas por meio de análises de acidez total, pH e °Brix. A primeira fermentação gerou um fermentado contendo 1,20 ± 0,033 g de ácido acético/100 mL, e pH 3,83, não podendo ser, portanto, caracterizado como vinagre pela legislação federal, que preconiza um valor mínimo de 4,0 g/100 mL. Por outro lado, a fermentação com SCOBY adaptado gerou um líquido com 5,11 ± 0,004 g de ácido acético/100 mL, estando dentro dos parâmetros exigidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (2024) para vinagres. Diante disso, nota-se que a pré-adaptação do SCOBY às condições do mosto utilizado para produção do vinagre de café é uma etapa de extrema importância para que haja a redução do tempo de fermentação acética. A otimização da produção do vinagre de café permite o escalonamento e viabilização do processo, levando à redução do impacto ambiental gerado pelo descarte inadequado das águas, tornando a cadeia produtiva do café mais sustentável.
Palavras-chave Inóculo, Água residual, sustentabilidade.
Forma de apresentação..... Vídeo
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