| Resumo |
O estresse por calor prejudica o consumo de alimento, o uso dos nutrientes, o ganho de peso e a conversão alimentar dos frangos de corte. Essa condição representa um grande desafio para a avicultura, que buscam uma produção sustentável e eficiente. Sendo assim, estratégias para mitigar os efeitos deletérios do estresse por calor são objetivo de intensas pesquisas. O presente estudo objetivou avaliar o efeito do estresse por calor e de estratégia nutricional sobre o desempenho de frangos de corte de 18 a 38 dias de idade. O experimento foi realizado nas câmaras climáticas do Laboratório de Bioclimatologia Animal do DZO, na Universidade Federal de Viçosa, sendo previamente aprovado pelo CEUAP da UFV (021/2025). Foram utilizados 288 frangos de corte machos da linhagem Cobb 500®, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado em 4 tratamentos, com 12 repetições e 6 animais por unidade experimental. O experimento foi divido em 2 fases: de 18 a 27 dias e 27 a 38 dias. As dietas foram formuladas para atender ou exceder as exigências das aves. Os tratamentos consistiam: T1 - Animais em ambiente termoneutro + dieta basal (TN), T2 - Animais em estresse por calor + dieta basal (EC), T3 - Animais em ambiente termoneutro + dieta basal fornecida na mesma quantidade de ração do T2, pair feeding (TN+PF), T4 - Animais em estresse por calor + dieta concentrada em todos os nutrientes (EC+DC). Os dados de desempenho foram submetidos à análise de variância e médias comparadas pelo teste de Tukey (P≤0,05). Os tratamentos influenciaram as variáveis de desempenho avaliadas. De 18 a 27 dias, observou-se diferenças (p < 0,001) no consumo de ração (CR), o tratamento TN apresentou o maior consumo seguido por ET, TN+PF e ET+RC. Quanto ao ganho de peso (GP), o TN se destacou, enquanto ET+RC, ET e TN+PF apresentaram GP inferiores e diferentes entre si. A conversão alimentar (CA) foi menor no grupo ET+RC, diferindo (p < 0,001) dos demais, com pior resultado em TN+PF. Para PC final maior valor foi obtido com TN > ET+RC > ET > TN+PF. De 27 a 38 dias, o CR foi maior no grupo TN, seguido por TN+PF, ET e ET+RC com menores valores. Para GP, ET+RC e TN obtiveram os melhores resultados, enquanto ET apresentou o menor GP. A CA foi melhor (p < 0,001) no grupo ET+RC, enquanto os demais tratamentos (TN, ET, TN+PF) não diferiram entre si. O PC final foi maior em TN e ET+RC. Ao analisar todo o período experimental, verificou-se que o CR total foi maior no grupo TN, seguido por ET e TN+PF, enquanto ET+RC apresentou o menor consumo. Quanto ao GP, TN e ET+RC obtiveram os melhores resultados, superando ET e TN+PF. A CA foi menor no grupo ET+RC, enquanto TN+PF apresentaram o maior valor de CA. Conclui-se que o estresse por calor impacta negativamente o desempenho dos frangos de corte e o uso de uma dieta concentrada é capaz de mitigar os efeitos deletérios do estresse por calor sobre o desempenho dos frangos de corte. |