Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21606

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Dimensões Ambientais: ODS12
Setor Departamento de Engenharia Agrícola
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Giovanna Ayumi Teobaldo Orita
Orientador RENATA CASSIA CAMPOS
Outros membros Constância Consentino Teixeira Oliveira, Lorrany de Paula Garcia, Wellerson de Oliveira Alves da Silva
Título Estudo da utilização de café arábica provenientes de processamento via seca e via úmida para produção de chá como alternativa sustentável na produção de bebidas
Resumo A produção global de café gera 94% de resíduos, como cascas e polpas. No Brasil, o processamento via seca predomina, resultando em vasta quantidade de casca de café; em 2006, Minas Gerais produziu aproximadamente 1,19x10⁶ toneladas. Este subproduto é rico em nutrientes e compostos orgânicos (57,8% carboidratos, 31,9% fibras solúveis, 9,2% proteínas, 1,3% cafeína, 4,5% taninos e 20% cianidinas), possuindo alto potencial para aplicações industriais. Este trabalho buscou explorar a casca de café como matéria-prima para chá, visando uma bebida sustentável e lucrativa, e promover práticas ecológicas na cafeicultura. Para isso, determinaram-se as curvas de secagem e teor de água de cascas de café Catuaí Amarelo, provenientes de produtores locais e despolpadas mecanicamente. As cascas foram secas em leito fixo a 30°C, 40°C e 50°C, com três repetições. O teor de água inicial foi determinado gravimetricamente e a atividade de água (Aw) com AQUALAB a 25°C. Os resultados mostraram que os teores médios de água de equilíbrio foram inversamente proporcionais à temperatura: 16,26% b.s. a 30°C, 8,45% b.s. a 40°C e 5,41% b.s. a 50°C. O aumento da temperatura acelerou a secagem, com maior eficiência a 40°C e 50°C. A 30°C, a perda de massa foi gradual, estabilizando em 406-408g após 465 minutos. A 40°C e 50°C, a perda de massa acelerou, atingindo estabilização mais rapidamente (362-370g e 360-370g, respectivamente) no mesmo período. O tempo para atingir o equilíbrio foi inversamente proporcional à temperatura. Embora 50°C demonstrasse maior eficiência, temperaturas elevadas podem comprometer compostos bioativos. A atividade de água (Aw) reduziu com o aumento da temperatura, de 0,685-0,8154 a 30°C para 0,4566-0,4939 a 50°C, crucial para inibir o crescimento microbiano e reações indesejadas. A modelagem matemática da cinética de secagem das cascas de café orgânicas indicou que o modelo de Henderson e Pabis Modificado foi o mais adequado para descrever o processo em todas as temperaturas (30 °C, 40 °C e 50 °C). Este modelo apresentou consistentemente os menores Erros Médios Relativos (MREs) entre os modelos com altos coeficientes de determinação (R² = 0,99), atestando sua alta precisão na predição do comportamento da secagem. Conclui-se que a secagem da casca de café é fortemente influenciada pela temperatura, que reduz significativamente o tempo de remoção de umidade. Temperaturas entre 40°C e 50°C mostraram-se eficientes, equilibrando velocidade e qualidade final. A escolha da temperatura ideal é fundamental para a manutenção das propriedades desejadas e a eficiência energética do processo.
Palavras-chave casca de café, modelagem matemática, sustentabilidade
Forma de apresentação..... Painel
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