Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21591

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS1
Setor Departamento de Microbiologia
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG, Outros
Primeiro autor Brunna Fernandes Fortes Veiga
Orientador Cláudia Braga Pereira Bento
Outros membros Gustavo Leão Rosado, Maria Cecília Chaves Batista
Título Qualidade microbiológica e caracterização de bactérias isoladas de Queijo Minas Frescal
Resumo O queijo Minas Frescal possui alta umidade e não é maturado, apresentando ambiente favorável ao crescimento de microrganismos patogênicos e indesejáveis como Staphylococcus sp. e Escherichia coli, os quais podem causar Doenças Transmitidas por Alimentos. Assim, este estudo teve como objetivo avaliar a qualidade microbiológica, bem como realizar a caracterização bacteriana e o perfil de resistência a antimicrobianos de bactérias isoladas de queijo Minas Frescal. Amostras (n=10) de queijo Minas Frescal, com e sem selos de inspeção sanitária, adquiridas em mercados locais e de produtores familiares foram analisadas. As amostras foram processadas no Laboratório de Microbiologia do Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Para a avaliação da qualidade microbiológica, 25 g de amostra foram submetidas a diluições seriadas para análises de coliformes totais e termotolerantes, fungos e leveduras, mesófilos aeróbios e facultativos, Staphylococcus coagulase positiva e presença de E. coli. Apenas duas (02) amostras apresentavam selo de inspeção, 90 % apresentaram contagem de coliformes totais > 1.100 NMP/g. Os coliformes termotolerantes variaram de > 20 a 1.100 NMP/g. As contagens de mesófilos aeróbios e facultativos variou de 4,1 x 106 a 8,4 x 109 UFC/g, fungos e leveduras entre 1,98 x 107 a 5,0 x 109 UFC/g. A contagem de Staphylococcus coagulase positiva foi de 7,56 x 105 a 3,3 x 108 UFC/g. Os testes bioquímicos indicaram que 100% dos isolados Gram-positivos eram catalase positivo e coagulase negativo. Dos isolados Gram-negativos, todos eram negativos para catalase, teste de citrato, vermelho de metila, Voges-Proskauer, H2S e motilidade. Quanto à fermentação de lactose, 90% dos isolados eram positivos; desses, 80% produziram somente ácido, e 20% ácido e gás. Na fermentação da glicose, 90% dos isolados eram positivos, com 60% produzindo ácido e gás e 40% produzindo apenas ácido. A amostra Q21 exibiu resultados bioquímicos distintos, sugerindo possível presença de E.coli. Quanto à sensibilidade aos antimicrobianos, 90 % dos isolados Gram-positivos foram sensíveis cloranfenicol e 60% a gentamicina (60%). Além disso, 90% foram resistentes a oxaciclina (90%) e 70% a vancomicina. Para os isolados Gram-negativos avaliados, 90% foram sensíveis aos antimicrobianos amoxicilina com ácido clavulânico e ampicilina. Em contrapartida, 100%, 90% e 80% dos isolados foram resistentes a ceftazidima, cefoxitina e gentamicina, respectivamente. Conclui-se que 90% dos queijos analisados estão fora dos padrões mínimos de segurança, apresentando riscos agravados por microrganismos multirresistentes. Esses dados reforçam a importância da fiscalização sanitária, educação dos produtores e fortalecimento dos serviços de inspeção para garantir alimentos seguros à população.

Agradecimentos: Capes, CNPq, Fapemig e Finep.
Palavras-chave "Microrganismos", "Queijo Minas Frescal", "Segurança alimentar"
Forma de apresentação..... Painel
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