Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21590

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Dimensões Econômicas: ODS9
Setor Departamento de Química
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Vitória dos Santos Clades
Orientador REJANE DE CASTRO SANTANA
Outros membros Alana de Oliveira Rosa, José Belchior Ribeiro Barbosa, Lucas Cordovil de Souza, Nicole Andrade Nascimento
Título Balanço de Massa e Energia no Moagem, Mosturação, Clarificação e Fervura da Produção de Chopp Pilsen
Resumo O presente trabalho teve como objetivo principal realizar o balanço de massa e energia nas etapas de moagem, mosturação, clarificação e fervura de uma cervejaria localizada em Viçosa-MG, como parte das atividades de ensino e extensão da disciplina ENQ 101 do curso de Engenharia Química da UFV. Para isso, foram realizadas visitas à empresa para observação do processo e coleta de dados, como massas dos insumos e características dos equipamentos utilizados. A partir da construção de um fluxograma do processo e das equações de conservação de massa e energia foram calculadas as massas de produtos, as perdas de massa ao longo do processo e o consumo energético. Os cálculos energéticos consideraram dados dos fabricantes de motores, bombas e geradores de vapor, além de estimativas de consumo de GLP. O balanço de massa abrangeu os principais insumos utilizados até esse ponto: água, lúpulo e grãos (Malte Pilsen e Malte Especial). Com base no °Brix e no volume do mosto, foi possível determinar a massa do mosto. Foram utilizados 145 kg de malte Pilsen e 10 kg de malte especial para produzir cerca de 700 L de chope Pilsen. As etapas de moagem e mosturação não apresentaram perdas mássicas. Já na clarificação, foram descartados 111,93 kg de grãos e 117,08 kg de mosto, representando 10,82% e 11,32% de perda, respectivamente, em relação aos 1.034,42 kg iniciais. Na fervura, houve perda de 50,9 kg por evaporação (6,32%) e 20 kg de mosto no fundo da panela (2,60%), com base na massa de 805,40 kg proveniente da etapa anterior. Ao final, obteve-se 733,6 kg de mosto que é direcionado para o processo de fermentação. Considerando a massa que entra na clarificação e o mosto que sai da fervura, estimou-se uma perda mássica total de cerca de 29,08%. No balanço de energia, foram analisados os consumos dos motores da moagem, mosturação, clarificação, bombas de transferência e gerador de vapor, totalizando 28,97 MJ (ou 8,05 kWh) de energia elétrica. Além disso, o gerador de vapor consumiu 12,6 kg de GLP, o que resulta em 630,28 MJ de energia utilizada para o aquecimento dos fluidos no tanque de mosturação e serpentinas, utilizadas antes das etapas de mosturação, clarificação e fervura. Os processos da fábrica se mostraram eficientes e bem estruturados. Embora as perdas mássicas sejam relevantes do ponto de vista econômico e ambiental, estas podem ser minimizadas com medidas simples e de baixo custo. Ao final, a equipe propôs alternativas sustentáveis para o aproveitamento do mosto residual, como sua utilização na produção de ração e biofertilizantes, o que pode reforçar a imagem da cervejaria como produtora consciente e inovadora.
Palavras-chave Cerveja, Mosto residual, Reuso sustentável
Forma de apresentação..... Vídeo
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