Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21560

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Maria Laura Couto Queiroz
Orientador EMILY CORRENA CARLO REIS
Outros membros Carolina Camargos Rocha, Lorena Dias Chaves Torres, Marcelo Augusto Gomes Dutra, Thamara Lourdes Silva Maciel
Título Uso da Escala Grimace na avaliação da dor de coelhos submetidos à ureteroureterostomia microcirúrgica: diferenças entre machos e fêmeas
Resumo A avaliação da dor em coelhos é desafiadora devido às manifestações clínicas sutis e de difícil detecção. Essa limitação é especialmente crítica em procedimentos cirúrgicos complexos, como a ureteroureterostomia microcirúrgica (UU), nos quais a dor não controlada compromete a recuperação e o bem-estar dos animais. Nesse contexto, escalas baseadas na expressão facial têm se destacado como ferramentas não invasivas para identificar e quantificar a dor a partir de parâmetros visuais. No entanto, seu uso no pós-operatório em coelhos ainda é pouco explorado, especialmente quanto à influência do sexo na expressão da dor. Considerando que coelhos são amplamente utilizados como modelos experimentais e vêm ganhando espaço na clínica de animais não convencionais, compreender melhor a manifestação da dor nessa espécie é essencial e pode contribuir para o aprimoramento da analgesia para aplicação experimental e clínica. Com este estudo, subprojeto de um ensaio controlado randomizado (CEUA-UFV, nº 28/2024), buscou-se verificar a existência de diferenças entre machos e fêmeas na manifestação de dor pós-operatória de coelhos submetidos à UU unilateral. Foram avaliados 10 coelhos adultos da raça Nova Zelândia participantes do referido estudo, pareados por sexo e mantidos sob as mesmas condições. Os animais foram submetidos à UU sob anestesia geral com indução por propofol, manutenção com isoflurano e infusão contínua de lidocaína (100 μg/kg/min) e remifentanil (0,4 μg/kg/min) para analgesia transoperatória. No pós-operatório, administraram-se tramadol (5 mg/kg, q12h por 3 dias), meloxicam (0,3 mg/kg, q24h por 3 dias) e dipirona (25 mg/kg, q12h por 5 dias). A dor foi avaliada diariamente, do 1º ao 5º dia pós-operatório (D1 a D5), por um único examinador, no ambiente de aclimatação dos animais, utilizando a Escala Grimace para Coelhos (EG), que atribui escores de 0 a 2 a cinco parâmetros faciais: órbitas, bochechas, narinas, bigodes e orelhas. Foram utilizados os testes de Friedman, Nemenyi (post hoc) e Mann-Whitney, com p < 0,05. Os resultados indicaram diferença significativa nos escores de dor entre os dias (p < 0,001), maiores no D1 em relação ao D3 (p = 0,003) e D5 (p = 0,002), mostrando redução. No D1, não houve diferença significativa entre sexos; 80% dos animais apresentaram alterações nas órbitas, observadas em 100% das fêmeas e 60% dos machos, que também apresentaram alterações nas orelhas (60%). No D2, as fêmeas tiveram escores significativamente maiores que os machos (p = 0,04), com alteração nas orelhas em 60% das fêmeas (3/5) e ausentes nos machos. De D3 a D5, não houve diferença significativa entre sexos, sendo as alterações nas orelhas mais frequentes no D4, presentes em 80% das fêmeas e 40% dos machos. Conclui-se que o sexo influenciou a manifestação da dor no D2, indicando que deve ser considerado na avaliação pela EG em coelhos.
Palavras-chave lagomorfos domésticos, microcirurgia, nocicepção
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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