Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável
20 a 25 de outubro de 2025
Trabalho 21516
| ISSN | 2237-9045 |
|---|---|
| Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
| Nível | Pós-graduação |
| Modalidade | Pesquisa |
| Área de conhecimento | Ciências Biológicas e da Saúde |
| Área temática | Dimensões Sociais: ODS3 |
| Setor | Departamento de Veterinária |
| Bolsa | CAPES |
| Conclusão de bolsa | Não |
| Apoio financeiro | CAPES |
| Primeiro autor | Ingrid Bitencourt Bohnenberger |
| Orientador | ARTUR KANADANI CAMPOS |
| Outros membros | André Ricardo e Silva, Gabriela Habermann dos Santos, Gabrielle Oliveira Soares, RODRIGO ALVES BARROS |
| Título | Esporotricose felina em Viçosa - MG: relato de caso |
| Resumo | A esporotricose é uma micose de implantação causada por fungos termodimórficos do gênero Sporothrix, que afeta humanos e animais. É uma doença de distribuição global, frequentemente negligenciada, que ocorre na forma de sapronoses e zoonoses. No Brasil, a partir da década de 1990, houve um aumento expressivo de casos de esporotricose em gatos e humanos, especialmente no Rio de Janeiro, com posterior expansão para outros estados. Assim, a doença assume caráter epidêmico e torna-se um dos principais desafios de saúde pública do país. O gato doméstico é a espécie mais acometida pela doença, atuando como reservatório urbano do fungo e fonte de infecção entre gatos, humanos e outros animais. Diante da ausência de dados sobre a doença em Viçosa-MG, a Universidade Federal de Viçosa em parceria com a Prefeitura, desenvolveu um projeto de pesquisa para determinar a ocorrência da esporotricose felina no município. Para seleção de casos suspeitos, foram consideradas notificações oriundas de clínicas veterinárias, ONGs, campanha de vacinação antirrábica e visitas domiciliares dos agentes de combate a endemias. Foram considerados suspeitos os gatos com ao menos uma lesão compatível com esporotricose, como nódulos, úlceras e crostas. Os casos suspeitos foram avaliados e submetidos a coleta de material para o diagnóstico laboratorial. Esse trabalho tem como objetivo relatar um caso de esporotricose disseminada em um gato adulto, resgatado da rua e notificado pela ONG SOVIPA. O animal apresentava lesões ulcerativas disseminadas, sinais respiratórios, caquexia, puliciose e miíases. Foram coletadas amostras por swab e imprint para cultura fúngica e citologia. O exame citológico permitiu a identificação de estruturas leveduriformes compatíveis com Sporothrix spp. A cultura a 25 °C originou colônias membranosas creme, com halo, centro e verso acastanhados. A microscopia revelou hifas hialinas, septadas e ramificadas, pequenos conídios ovalados e conidióforos semelhantes a “margaridas”. A incubação a 37 °C resultou em colônias cremosas e lisas com verso incolor. Na microscopia foram observadas células arredondadas, ovais e em forma de charuto, confirmando o diagnóstico. Foi instituída a terapia com itraconazol (50 mg/animal/24 horas) e iodeto de potássio (5 mg/kg/24 horas), associados a ecto e endoparasiticidas. Após 30 dias, observou-se redução das lesões cutâneas e melhora clínica geral. A dose de itraconazol foi ajustada para 100 mg/animal/24 horas e o paciente recebeu alta após 210 dias de tratamento. O caso reforça a importância do diagnóstico laboratorial e da inclusão da esporotricose nos diagnósticos diferenciais dermatológicos, mesmo em regiões não endêmicas. Seu monitoramento é essencial para estratégias de controle zoonótico e promoção da saúde única. Isso contribui diretamente para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 3 da ONU, conhecido como "Saúde e Bem-Estar", que visa garantir uma vida saudável e promover o bem-estar para todos. |
| Palavras-chave | Gatos, Esporotricose, Zoonose |
| Forma de apresentação..... | Painel |
| Link para apresentação | Painel |
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