Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21437

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Dimensões Sociais: ODS4
Setor Departamento de Letras
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor João Lucas Caetano Martins
Orientador IDALENA OLIVEIRA CHAVES
Título Interculturalidade e Formação de Professores Nigerianos na Universidade Federal de Viçosa: Perspectivas e Desafios
Resumo Este trabalho analisa o processo de formação de professores nigerianos na Universidade Federal de Viçosa (UFV), enfatizando os desafios culturais e linguísticos enfrentados por esses sujeitos em contexto de mobilidade acadêmica. Os dados foram coletados por meio de questionários via Google Forms e entrevistas semiestruturadas com 15 participantes, cujas idades variam entre 30 e 62 anos, incluindo homens e mulheres de diferentes níveis de formação, desde o mestrado até o pós-doutorado.
Os resultados apontam para uma série de obstáculos enfrentados no cotidiano desses professores, como a barreira linguística com o português, a dificuldade de integração plena mesmo em contexto de imersão (fenômeno denominado "falsa imersão") e desafios relacionados à moradia, alimentação e locomoção. Além disso, observou-se uma forte dependência do inglês como língua franca, inclusive no convívio entre os próprios nigerianos, o que limita o contato com a cultura local e impede uma imersão linguística eficaz. Embora muitos tenham cursado a disciplina “Português para Estrangeiros”, poucos mantiveram a prática ativa do idioma.
Do ponto de vista cultural, os participantes relataram impactos significativos em aspectos como alimentação, clima, religiosidade e valores sociais, incluindo o estranhamento com práticas como o casamento homoafetivo, comum no Brasil, mas tabu na Nigéria. Por outro lado, destacam-se impressões positivas em relação à hospitalidade brasileira, à segurança percebida e ao modelo de ensino das universidades brasileiras, considerado mais estruturado, prático e acessível do que o nigeriano.
A pesquisa evidencia a importância da preparação prévia para mobilidade acadêmica, especialmente no aprendizado do idioma local e no reconhecimento de possíveis choques culturais. Por fim, aponta para a necessidade de políticas institucionais de acolhimento que promovam a inclusão linguística, acadêmica e social desses estudantes estrangeiros, valorizando a interculturalidade como pilar de uma internacionalização humanizada.
Palavras-chave Interculturalidade, Professores nigerianos, Adaptação cultural.
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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