Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21433

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Dimensões Econômicas: ODS9
Setor Departamento de Química
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Mayara Stefani Ventura Silva
Orientador PATRICIA FONTES PINHEIRO
Outros membros DENISE MARA SOARES BAZZOLLI, Jéssica Nogueira Rosa, Marcelo Amaral de Moura, Thalita Aparecida de Freitas Mota
Título Composição Química e Atividade Bactericida de Óleos Essenciais de Lúpulos cultivados em Viçosa-MG
Resumo A indústria cervejeira desempenha um papel significativo na economia brasileira, empregando mais de 2 milhões de pessoas, contribuindo com cerca de 2% do PIB. A cerveja é uma matriz complexa, composta por metabólitos voláteis e não voláteis, sendo suas principais matérias-primas água, malte, lúpulo e levedura. O lúpulo (Humulus lupulus L.), essencial para conferir sabor, amargor e aroma à bebida, é predominantemente importado, mas pequenos produtores vêm obtendo sucesso no cultivo nacional. Além de sua aplicação na produção de cerveja, os óleos essenciais (OE) de lúpulo possuem potencial antimicrobiano. Recentemente, o cultivo da planta em Viçosa-MG gerou flores aromáticas promissoras. Dessa forma, este estudo teve como objetivo extrair, determinar a composição química e avaliar a atividade antimicrobiana dos OE de lúpulos das variedades Cascade, Comet, Magnum e Zeus, fornecidas por um produtor local. As amostras, na forma de pellets, foram submetidas à hidrodestilação por 3 horas usando um Clevenger modificado. O OE foi extraído por partição líquido-líquido com diclorometano, seco com sulfato de sódio anidro, filtrado e concentrado em rotaevaporador. A umidade das amostras foi determinada por destilação com cicloexano (Dean-Stark), e os seguintes rendimentos dos OE foram calculados em % em m.m-1: 1,25% - Zeus; 0,62% - Cascade; 1,10% - Comet e 0,76% - Magnum. A análise química foi realizada por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (CG-EM), e a atividade antimicrobiana foi avaliada frente a patógenos de importância alimentar pelo método de microdiluição em caldo (CLSI). Os constituintes majoritários em comum dos OE foram β-mirceno, (E)-cariofileno e α-humuleno com variações entre as amostras. Os compostos testados têm eficácia variável contra as bactérias avaliadas. P. aeruginosa foi a mais sensível a todos os óleos testado, enquanto S. enterica e E. coli foram mais resistentes, necessitando de concentrações mais altas para inibição. As bactérias Gram-positivas L. monocytogenes e S. aureus foram mais sensíveis aos compostos Cascade e Magnum, com valores de CIM iguais para ambas as bactérias (2,5 mg/mL). Curiosamente, para L. monocytogenes e S. aureus a CIM de alguns óleos essenciais não teve efeito bactericida apenas bacteriostático, ou seja, impede a multiplicação das bactérias, sem necessariamente matá-las. No entanto, quando elevadas as concentrações testadas foi possível determinar o valor de CIM sendo que para a variedade Zeus foi de 10 mg/mL para ambas as bactérias e para a variedade Comet 5 e 25 mg/mL respectivamente para L. monocytogenes e S. aureus. Esses resultados indicam que, além de sua relevância na indústria cervejeira, os OE de lúpulo possuem potencial como agentes antimicrobianos e conservantes naturais, fortalecendo a importância do cultivo nacional da espécie.
Palavras-chave Humulus lupulus L, CG-EM, CIM
Forma de apresentação..... Vídeo
Link para apresentação Vídeo
Gerado em 0,69 segundos.