Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21400

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Dimensões Econômicas: ODS8
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Bolsa Ações Afirmativas/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Fabiana Nascimento de Carvalho
Orientador BRUNO RICARDO DE CASTRO LEITE JUNIOR
Outros membros Alline Artigiani Lima Tribst, Flaviana Coelho Pacheco
Título Impacto da hidratação intermitente assistida por ultrassom durante a germinação de sementes de abóbora sobre a qualidade biológica das farinhas germinadas
Resumo Introdução: A indústria alimentícia descarta grandes volumes de resíduos, como as sementes de abóbora, que são fontes de nutrientes e compostos bioativos com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. No entanto, o uso dessas sementes é limitado por fatores antinutricionais e baixa digestibilidade. Técnicas de bioprocessamento, como a germinação, podem melhorar o perfil nutricional e bioativo das sementes, aumentar a biodisponibilidade de nutrientes e reduzir compostos antinutricionais. Apesar disso, a germinação exige uma etapa de hidratação prolongada, com riscos de contaminação e perdas operacionais. Nesse contexto, tecnologias emergentes, como o ultrassom (US), vêm sendo exploradas para acelerar a hidratação e otimizar a germinação, com possíveis impactos positivos na qualidade da farinha obtida. Objetivos: Desta forma, este estudo avaliou os efeitos da hidratação assistida por US e da germinação sobre a atividade antioxidante e o teor de ácido γ-aminobutírico (GABA) de farinhas de sementes de abóbora germinadas. Metodologia: Para isso, as sementes (~40 g) foram sanitizadas e hidratadas com ou sem US (25 kHz, 38W/L, 2 ciclos de 10 min/hora) a 25 °C ou 45 °C até atingirem 45% de umidade, sendo então germinadas por 72 h a 25 °C e 80–85% de umidade relativa. Após secagem (50 °C, 12 h) e remoção das radículas, as sementes foram moídas. Foram obtidas cinco amostras: in natura e germinadas com ou sem US, nas duas temperaturas. A atividade antioxidante foi determinada pelos métodos DPPH e ABTS, com resultados expressos em µmol de Trolox/100 g em base seca (BS). O teor de GABA foi quantificado por HPLC (coluna C18, detecção a 254 nm), com tempo de retenção de 6,7 min, e os resultados expressos em mg/100 g em BS. Resultados: A amostra in natura apresentou atividade antioxidante de 45,0 (ABTS) e 32,9 (DPPH) µmol de Trolox/100 g em BS. A germinação aumentou a atividade antioxidante (p<0,05): sem US, os incrementos para ABTS foram de 110% (25 °C) e 112% (45 °C), e para DPPH, de 24% e 41%, respectivamente. A aplicação de US potencializou esses efeitos, elevando em até 172% (25 °C) e 132% (45 °C) para ABTS, e em 74% e 44% para DPPH, comparado à amostra in natura. O teor de GABA também aumentou com a germinação (5,6 mg/100 g na amostra in natura), com incrementos de 163% (25 °C) e 239% (45 °C) sem US. A hidratação assistida por US intensificou a biossíntese de GABA, com aumentos de 254% (25 °C) e 285% (45 °C) em relação à amostra in natura. Observou-se que a temperatura mais elevada (45 °C) favoreceu a formação de GABA, enquanto a de 25 °C foi mais eficaz para preservar ou estimular compostos antioxidantes, especialmente com a aplicação de US. Conclusão: Conclui-se que a combinação entre germinação, sonicação e controle da temperatura de hidratação representa uma estratégia promissora para a produção de farinhas germinadas com propriedades bioativas aprimoradas a partir de sementes de abóbora, agregando valor a um resíduo agroindustrial subutilizado.
Palavras-chave Germinação, sonicação, semente de abóbora
Forma de apresentação..... Vídeo
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