Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21396

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Dimensões Econômicas: ODS9
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG, Outros
Primeiro autor Anders Teixeira Gomes
Orientador ERICA NASCIF RUFINO VIEIRA
Outros membros Ana Luiza Ferreira da Silva, Luzia das Dôres de Assis, Maria José do Amaral e Paiva, Raquel Lauer de Oliveira
Título Influência do tempo de cozimento e tratamento ultrassônico nas propriedades físico-químicas da aquafaba de grão de bico
Resumo A crescente demanda por dietas veganas tem impulsionado o interesse por alimentos alternativos de origem vegetal. A aquafaba, líquido de cozimento do grão de bico, é rica em proteínas e carboidratos, possui propriedades emulsionantes e estabilizantes, sendo uma substituição vegana e não alérgica às claras de ovos em diversos produtos alimentícios. Este estudo teve objetivo investigar como os diferentes tempos de cozimento e o tratamento ultrassônico podem influenciar nas propriedades físico-químicas da aquafaba. Foram utilizados grãos de bico comerciais, sanitizados, imersos em água por 12 horas e cozidos por três tempos: 10 (T1), 15 (T2) ou 20 (T3) minutos. As amostras de aquafaba foram coletadas e submetidas a tratamento ultrassônico (40 kHz, 160 W, a 35 °C) nos tempos: 0 (US0), 5 minutos (US5) e 10 (US10) minutos, e armazenadas a 12 °C. Foram analisadas: atividade de água (Aw), umidade, sólidos solúveis totais (SST), pH, acidez total titulável (ATT) e cor. Os dados foram obtidos em delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3 x 3 (tempo de cozimento x ultrassom), com três repetições, e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey (p < 0,05). Os resultados mostraram que o tempo de cozimento e o ultrassom não afetaram significativamente a Aw (0,9930 ± 0,0018), vale ressaltar que valores elevados de Aw podem influenciar na conservação da aquafaba. A umidade variou de 96,99Ba ± 0,029% (T1/US5) e 98,01Aa ± 0,039 (T1/US0), com leve redução nas amostras cozidas por 20 minutos (97,13Ba ± 0,028%) possivelmente devido à evaporação, podendo impactar a textura e funcionalidade do produto desejado. O aumento no tempo de cozimento resultou na maior concentração de SST potencializando as propriedades emulsificantes da aquafaba, variando 2,87Aa ± 0,058 °Brix (T3/US0) a 3,00Aa ± 0,100 °Brix (T3/US0 e T2/US5). O tratamento ultrassônico não promoveu variações significativas de SST. O tempo de cozimento mostrou maior impacto no pH e na ATT do que o tratamento ultrassônico. O pH diminuiu de 6,13Aa ± 0,02 (T3/US5) para 5,97Ac ± 0,01 (T3/US0 e T3/US5) ao longo dos tratamentos, enquanto a ATT aumentou 0,03Ab ± 0,004% (T1/US0) para 0,05Aa ± 0,004% (T2/US10). A leve acidificação favorece a estabilidade e as propriedades emulsificantes da aquafaba. Quanto à cor, observou-se que o tempo de cozimento influenciou de forma mais significativa do que o ultrassom, houve um aumento de a* de 0,87Ac ± 0,010 (T1/US0) para 1,75Aa ± 0,017 (T3/US0) e redução de b* de 14,08Aa ± 0,026 (T1/US0) para 12,78Ab ± 0,032 (T3/US0), mostrando tendência a tons mais avermelhados e menos amarelados. Além disso, houve redução na luminosidade de 47,49Aa ± 0,006 (T1/US0) para 41,77Cb ± 0,010 (T3/US0), indicando escurecimento do produto com maior tempo de cozimento. Conclui-se que o tempo de cozimento foi o principal fator de influência, afetando SST, pH, ATT e cor, aspectos relevantes para a aplicação da aquafaba em produtos veganos.
Palavras-chave Aquafaba, cozimento, ultrassom
Forma de apresentação..... Painel
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